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ONU: protestos no Oriente Médio têm ligação com alta dos alimentos

Diretora de órgão da ONU responsável pela alimentação disse que o aumento recorde nos preços é um dos motivos que contribuíram para a eclosão de protestos

Multidão se reúne no Cairo para pedir a saída de Mubarak (Chris Hondros/Getty Images)

Multidão se reúne no Cairo para pedir a saída de Mubarak (Chris Hondros/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2011 às 18h34.

Brasília – A diretora executiva do Programa Mundial de Alimentação (PMA), Josette Sheeran, afirmou hoje (4) que o encarecimento dos alimentos tem contribuído para os protestos dos últimos dias no Norte da África e no Oriente Médio. Segundo ela, em muitas das marchas, os manifestantes empunhavam pães ou agitavam cartazes queixando-se do aumento dos preços de comida.

Sheeran ressaltou que as margens entre a estabilidade e o caos são perigosamente estreitas quando envolvem os alimentos. Ela disse ainda que, no passado, as tensões na região coincidiram com períodos de alta de preços de comida.

O nível recorde dos preços globais dos alimentos, divulgado por comunicado da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) publicado ontem (3), ajudou a reforçar protestos no mundo árabe, levando à derrubada do presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, no mês passado. Os protestos também chegaram ao Egito e à Jordânia, ambos no Norte da África e ainda ao Iêmen, país do Sul da Península da Arábia.

A PMA é a maior agência humanitária do mundo, ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), e fornece alimentos a cerca de 90 milhões de pessoas, a maioria crianças, em 80 países.

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