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ONU prorroga investigadores dos direitos humanos na Síria

A resolução foi aceita por 41 votos a favor e um contra


	O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon: o conflito armado deixou mais de 70.000 mortos desde março de 2011, segundo estimativas da ONU
 (Fabrice Coffrini/AFP)

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon: o conflito armado deixou mais de 70.000 mortos desde março de 2011, segundo estimativas da ONU (Fabrice Coffrini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2013 às 13h05.

Genebra - O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou nesta quinta-feira uma resolução, apresentada por países árabes, que prorroga por um ano o mandato da comissão de investigação das Nações Unidas sobre a situação na Síria.

A resolução, apresentada por Jordânia, Kuwait, Marrocos, Qatar, Arábia Saudita, Tunísia e pelos Emirados Árabes Unidos, foi aceita por 41 votos a favor, um contra e cinco abstenções (Equador, Índia, Filipinas, Uganda e Cazaquistão).

Apenas a Venezuela, que apoiou o presidente Bashar al-Assad diante da revolução, se opôs ao projeto ao estimar que os que apoiavam a resolução desejavam uma mudança de regime na Síria, onde o conflito armado deixou mais de 70.000 mortos desde março de 2011, segundo estimativas da ONU.

Esta resolução prorroga o mandato da comissão e solicita a ela a apresentação de um "relatório escrito sobre a situação (...) no âmbito de um diálogo que irá ocorrer durante as sessões 23 (27 de maio - 14 de junho), 24 (9-27 de setembro) e 25 (fevereiro-março de 2014) do Conselho".

Além disso, destaca a importância de responsabilizar os autores de abusos e violações do direito internacional "cometidos por todas as partes".

No entanto, ressalta que a comissão de investigação declarou em seu relatório que os abusos cometidos pelos grupos antigovernamentais armados não alcançaram a intensidade ou a amplitude dos cometidos pelas forças governamentais e pelas milícias que as apoiam.

A comissão de investigação sobre a Síria do Conselho de Direitos Humanos da ONU foi criada em 2011. Desde então, pediu sem sucesso ao Conselho de Segurança que recorra ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para tratar os crimes cometidos durante o conflito.

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