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ONU prolonga por 30 dias missão de observadores na Síria

A Rússia havia ameaçado bloquear este projeto de resolução, mas o seu embaixador na ONU, Vitaly Churkin, finalmente votou a favor

Reunião do Conselho de Segurança: decisão foi prolongar por uma "última etapa de 30 dias", a missão dos 300 observadores das Nações Unidas na Síria (Mario Tama/Getty Images)

Reunião do Conselho de Segurança: decisão foi prolongar por uma "última etapa de 30 dias", a missão dos 300 observadores das Nações Unidas na Síria (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2012 às 13h55.

Nova York - O Conselho de Segurança da ONU prolongou nesta sexta-feira, por uma "última etapa de 30 dias", a missão dos 300 observadores das Nações Unidas na Síria.

O resultado da votação foi unânime sobre esta proposta apresentada pelos europeus (França, Alemanha, Portugal, Reino Unido). O Conselho deve se pronunciar sobre o futuro da Misnus (Missão de Supervisão da ONU na Síria) antes da expiração de seu mandato, ainda esta noite.

A Rússia havia ameaçado bloquear este projeto de resolução, mas o seu embaixador na ONU, Vitaly Churkin, finalmente votou a favor. Moscou vetou ontem uma resolução ameaçando o regime sírio com sanções.

A resolução prorroga o mandato da Misnus por 30 dias. Seu objetivo, de acordo com diplomatas, é dar tempo para os observadores, que não patrulham as cidades desde meados de junho, de preparar sua partida de volta.

O texto indica que após este "período final", a missão apenas poderá ser prorrogada novamente se Damasco mantiver sua promessa de retirar as armas pesadas das cidades, e caso haja "uma redução no nível de violência suficiente para permitir que a Misnus cumpra o seu mandato", isto é, cumprir o plano de paz do mediador internacional para a Síria, Kofi Annan.

A renovação do mandato da Misnus "vai considerar as recomendações do secretário-geral (da ONU, Ban Ki-moon) de reorientar a missão", ressalta o texto. Ban Ki-moon pediu a redução do número de observadores militares desarmados - atualmente 300, acompanhados por uma centena de especialistas civis - e para que a Misnus tenha um papel mais político.

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