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ONU preparada para enfrentar ataque contra presidente eleito marfinense

Missão do órgão no país teme que hotel onde está o presidente eleito Alassane Ouattara sofra ataques de aliados de Laurent Gbagbo

O presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo não aceitou resultado da eleição (Getty Images)

O presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo não aceitou resultado da eleição (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2011 às 15h02.

Dacar - A Operação das Nações Unidas na Costa do Marfim (Onuci) está preparada para enfrentar um ataque contra o Hotel Golfe, onde está o presidente eleito da Costa do Marfim, garantiu nesta segunda-feira o enviado especial da ONU, Choi Young-jin, em entrevista coletiva em Dacar.

"Adotamos todas as medidas confiáveis para enfrentar ataque civil e militar contra o Hotel Golfe, cuja proteção é capital para nós", revelou Choi em entrevista coletiva ao fim da reunião dos chefes de missões da ONU em África Ocidental.

O presidente eleito da Costa Marfim, Alassane Ouattara, seu primeiro-ministro, Guillaume Soro, e os membros do Governo estão hospedados no Hotel Golfe que os Jovens Patriotas liderados por Charles Ble Goude, ministro da Juventude e Emprego de Laurent Gbagbo, ameaçam atacar.

Segundo representante especial do secretário-geral da ONU na Costa do Marfim, as ameaças dos Jovens Patriotas traduzem uma "perda de controle e sinal da falta de moderação" por parte das forças pró Laurent Gbagbo, que continua como presidente do país sem reconhecer a vitória na eleição presidencial de novembro de 2010 de Quattara.

Classificou como "muito inquietante" a situação na Costa do Marfim, devido ao recrudescimento da violência em Abidjan.

Após a escalada de confrontos, 70 mil pessoas se refugiaram na Libéria enquanto calculam em 30 mil o número de deslocamentos internos, indicou Choi, quem advertiu sobre riscos de uma nova guerra civil neste país.

Em comunicado de imprensa divulgado no fechamento de sua reunião, os chefes de missões da ONU em África Ocidental realizada em Dacar, manifestaram sua "grave preocupação frente à deterioração da situação na Costa do Marfim e suas consequências na região".

Os chefes de missões da ONU reiteraram as três prioridades da Onuci: contribuir à proteção das povoações civis, garantir a segurança do Hotel Golfe e salvaguardar o resultado do segundo turno das eleições, indica o comunicado.

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