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ONU planeja contatar EUA sobre informação de espionagem

Organização advertiu que os países devem respeitar a inviolabilidade diplomática do organismo mundial


	Protesto em apoio ao ex-agente Edward Snowden: Agência de Segurança dos EUA teria realizado escutas na sede da ONU em Nova York
 (Kai Pfaffenbach/Reuters)

Protesto em apoio ao ex-agente Edward Snowden: Agência de Segurança dos EUA teria realizado escutas na sede da ONU em Nova York (Kai Pfaffenbach/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2013 às 16h55.

Nações Unidas - A Organização das Nações Unidas informou nesta segunda-feira que planeja entrar em contato com os Estados Unidos sobre a informação de que a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA realizou escutas em sua sede em Nova York e advertiu que os países devem respeitar a inviolabilidade diplomática do organismo mundial.

Citando documentos secretos dos Estados Unidos obtidos pelo ex-prestador de serviços da NSA Edward Snowden, a publicação alemã Der Spiegel informou no domingo que os EUA conseguiram ter acesso ao sistema interno de vídeo conferência da ONU em 2012.

"Estamos cientes das informações e temos a intenção de entrar em contato com as autoridades competentes sobre isso", disse o porta-voz da ONU Farhan Haq a repórteres.

Ele afirmou que a lei internacional, assim como a Convenção de Viena de 1961 que rege as relações diplomáticas, protegem as funções das Nações Unidas, missões diplomáticas e outras organizações internacionais.

"Por isso, os Estados-membros devem agir no sentido de proteger a inviolabilidade das missões diplomáticas", declarou Haq.

O Der Spiegel também informou que a União Europeia e a agência nuclear da ONU com sede em Viena, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), estavam entre os alvos da inteligência dos EUA.

Segundo os documentos, a NSA executa um programa de escutas em mais de 80 embaixadas e consulados em todo o mundo chamado "Serviço Especial de Coleta".

"A vigilância é intensa e bem organizada e tem pouco ou nada a ver com afastar os terroristas", escreveu o Der Spiegel.

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