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ONU pede que torturadores da CIA sejam processados

Ben Emmerson pediu que os responsáveis por autorizar e colocar em prática técnicas de tortura sejam processadas

Homem caminha na sede da CIA em Langley, Virginia
 (Saul Loeb/AFP)

Homem caminha na sede da CIA em Langley, Virginia (Saul Loeb/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 10h19.

Genebra - O relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para contraterrorismo e direitos humanos, Ben Emmerson, pediu que as graduadas autoridades dos Estados Unidos que autorizaram e colocaram em prática técnicas de tortura como parte das políticas de segurança do ex-presidente George W. Bush sejam processadas.

Emmerson disse também que funcionários da CIA e de outras partes do governo que praticaram a simulação de afogamento e outros tipos de tortura devem ser levados à Justiça.

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira em Genebra, Emmerson disse que o relatório do Comitê de Inteligência do Senado divulgado na terça-feira mostra "que havia uma clara política orquestrada, no alto escalão do governo Bush, que permitiu que se cometessem crimes sistemáticos e graves violações à lei internacional de direitos humanos".

Ele declarou que os responsáveis pela "conspiração criminal...devem enfrentar penalidades criminais proporcionais à gravidade de seus crimes".

"O fato de as políticas reveladas no relatório terem sido autorizadas pelo alto escalão do governo norte-americano não fornece qualquer desculpa", afirmou.

O documento, divulgado após meses de negociações com o governo sobre o que seria censurado, foi divulgado em meio a temores. Embaixadas e instalações militares dos Estados Unidos em todo o mundo intensificaram suas medidas de segurança para o caso de reações antiamericanas.

As embaixadas norte-americanas no Afeganistão, Paquistão e Tailândia fizeram advertências sobre a probabilidade de protestos e manifestações violentas estimuladas pela divulgação do relatório.

As embaixadas também aconselharam cidadãos norte-americanos nos três países a adotar precauções de segurança, dentre elas afastar-se de manifestações. Fonte: Associated Press.

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