Membro da Irmandade Muçulmana em protesto de apoio a Mohamed Mursi: justiça egípcia ordenou a prisão preventiva para Mursi por supostamente ligar para o grupo palestino Hamas para perpetrar "ações inimigas contra o país" (Abdallah Dalsh/Reuters)
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2013 às 09h03.
Genebra - A Alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu nesta sexta-feira que o processo do deposto presidente egípcio Mohamed Mursi seja "transparente".
Desde que Mursi foi detido, Pillay tinha solicitado às atuais autoridades egípcias que o libertassem ou o acusassem formalmente para poder ser julgado, de acordo com as normas internacionais.
Hoje foi divulgado que a justiça egípcia ordenou a prisão preventiva durante 15 dias para Mursi por supostamente ligar para o grupo palestino Hamas para perpetrar "ações inimigas contra o país" e o assalto a uma prisão.
Após conhecer a notícia, o porta-voz de Pillary, Rupert Colville, reiterou que a Alta comissária pedia sua libertação ou um julgamento justo e "transparente"
"Lembramos que as autoridades têm a obrigação de respeitar o direito de todo cidadão de se manifestar pacificamente, seja qual for sua filiação política", afirmou Colville.
O porta-voz solicitou às forças de segurança que não apliquem um uso excessivo da força e que respeitem os direitos fundamentais dos manifestantes.