Mundo

ONU pede quantia recorde de US$ 22,5 bi para causas humanitárias

Segundo a ONU, um total de 136 milhões de pessoas precisarão de assistência humanitária em 26 países, 5% a mais que em 2017

Crise: do total, 7,66 bilhões estão destinados à crise síria (Goran Tomasevic/Reuters)

Crise: do total, 7,66 bilhões estão destinados à crise síria (Goran Tomasevic/Reuters)

A

AFP

Publicado em 1 de dezembro de 2017 às 13h17.

A ONU solicitou nesta sexta-feira uma quantia recorde de 22,5 bilhões de dólares para ajudar as pessoas afetadas por conflitos e catástrofes no mundo em 2018.

"Em 2018, um número de pessoas, maior que no passado, terá a necessidade de nossa assistência. Um total de 136 milhões de pessoas precisarão de assistência humanitária em 26 países, 5% a mais que em 2017", afirmou o vice-secretário da ONU para Assuntos Humanitários, Mark Lowcok.

Os recursos solicitados - uma alta de 1% em ritmo anual - representam um novo recorde, informou a ONU.

Dos 22,5 bilhões de dólares pedidos pelas Nações Unidas, 7,66 bilhões estão destinados à crise síria, que continua sendo a prioridade número um de 2018. Com o valor, a organização espera ajudar 11,2 milhões de sírios dentro do país e os 5,2 milhões que foram recebidos nos países limítrofes.

O Iêmen, que sofre a pior crise humanitária do mundo, é a segunda prioridade no pedido: a ONU solicita 2,5 bilhões de dólares (+7%) para ajudar as 10,8 milhões de pessoas vulneráveis neste país.

Outras crises importantes mencionadas são as do Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Somália e Nigéria.

No que diz respeito às catástrofes, a ONU considera que as secas, as inundações, os furacões e outros desastres naturais criarão necessidades humanitárias.

"Alguns especialistas preveem um risco crescente de terremotos em 2018", alerta a ONU.

Os apelos humanitários raramente são atendidos em 100% pelos doadores. No fim de novembro, a ONU havia recebido apenas US$ 13 bilhões dos 22,2 bilhões solicitados para 2017.

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasDireitos HumanosGuerrasONUSíria

Mais de Mundo

Melhorar a saúde e combater doenças requer espaço fiscal, diz Lula na última sessão do Brics

Às vésperas de tarifas de Trump, países ainda não fecharam acordos comerciais

Federação Israelita de SP cobra 'coragem' para apontar 'verdadeiros culpados' após fala de Lula

Design furtivo e conexão remota: veja como funciona narcosubmarino colombiano operado via Starlink