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ONU pede nova trégua em Gaza para evitar escaladas bélicas

O enviado especial da ONU para o Oriente Médio renovou chamadas para alcançar um cessar-fogo em Gaza para evitar novas escaladas bélicas


	Destroços em Gaza: enviado da ONU afirmou que cerca de 2 mil palestinos morreram
 (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

Destroços em Gaza: enviado da ONU afirmou que cerca de 2 mil palestinos morreram (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2014 às 13h30.

O enviado especial da ONU para o Oriente Médio, Robert Serry, renovou nesta segunda-feira as chamadas para alcançar um cessar-fogo em Gaza para evitar novas escaladas bélicas como a que começou em julho.

"A seguinte escalada não é mais que questão de tempo", afirmou Serry ao apresentar um relatório perante o Conselho de Segurança da ONU sobre a situação no Oriente Médio e o conflito que começou no início de julho na Faixa palestina de Gaza.

Serry, um dos principais mediadores entre israelenses e palestinos, apresentou seu relatório horas antes de vencer uma nova trégua em Gaza, por isso que pediu às partes que cheguem a uma cessação de fogo "durável".

Serry pediu que "pelo menos" a trégua que vence nesta segunda-feira possa ser prorrogada pelas partes, enquanto seguem as negociações indiretas entre israelenses e palestinos no Cairo.

Em sua exposição pública, antes do Conselho de Segurança entrar para debater a situação a portas fechadas, Serry assinalou que o balanço de mortos na última escalada bélica é "estremecedor".

O enviado afirmou que cerca de dois mil palestinos morreram, deles 459 crianças e 239 mulheres, assim como 64 soldados israelenses.

Cerca de 10 mil palestinos ficaram feridos, deles uma terceira parte menores.

"Não podemos permitir que Gaza fique em condições piores do que se encontrava antes desta situação", afirmou Serry, que insistiu na necessidade de chegar a soluções para evitar novas escaladas bélicas.

Serry, por outra parte, disse que ainda não há dados exatos sobre os danos à infraestrutura sofridos em Gaza, mas antecipou que o volume de reconstrução "será três vezes" o necessário durante a ofensiva israelense de 2009.

"A reconstrução é a principal prioridade", acrescentou. "Gaza necessita de casas, escolas e hospitais, não foguetes, túneis e nem conflitos", insistiu Serry.

O enviado lamentou também a revista de locais administrados pela ONU em Gaza e disse que durante a atual crise 11 membros de seu pessoal morreram em atos de serviço.

Serry também criticou o fato de que, em três ocasiões, foram encontrados foguetes em escolas que são administradas pela ONU.

"Estes incidentes são intoleráveis", afirmou Serry ao se referir tanto a estes achados como aos ataques contra instalações da ONU.

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