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ONU pede mais discussões sobre proteção dos oceanos

Ban pediu aos governos que trabalhem unidos para conseguir compromissos no Brasil para cumprir em 2020

Ban: ''A Rio+20 deve fomentar a melhora da gestão e conservação dos oceanos para frear a pesca excessiva'' (Karen Bleier/AFP)

Ban: ''A Rio+20 deve fomentar a melhora da gestão e conservação dos oceanos para frear a pesca excessiva'' (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2012 às 19h50.

Nações Unidas - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta terça-feira aos participantes da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) que façam o máximo possível para que a cúpula resulte em um maior compromisso para conservar o ''frágil'' estado dos oceanos.

''A Rio+20 deve fomentar a melhora da gestão e conservação dos oceanos para frear a pesca excessiva, expandir as áreas marinhas protegidas e reduzir a poluição dos oceanos e o impacto da mudança climática'', disse Ban em sua mensagem por ocasião do Dia Internacional da Diversidade Biológica.

O dia é dedicado neste ano à biodiversidade marinha, por isso o principal responsável da ONU focou suas palavras em defender que o mundo tenha uma oportunidade idônea de salvaguardar as áreas marinhas e os litorais do mundo durante a Rio+20, que será realizada no Rio de Janeiro entre os dias 20 e 22 de junho.

Ban pediu assim aos governos que trabalhem unidos para conseguir compromissos no Brasil para cumprir em 2020 o objetivo de proteger 10% das áreas marítimas e litorâneas do mundo e proteger assim a biodiversidade marinha.

Ele afirmou também que o principal problema que a biodiversidade marinha enfrenta atualmente é que, ao contrário do que ocorre com a terra, onde 15% da superfície está protegida, apenas 1% dos ambientes marítimos estão protegidos. Por isso, em sua opinião, é preciso ''fazer mais'' nesse sentido.


''Tomando ações em nível nacional, regional e global, em 2020 poderemos ter conservado 10% das áreas marítimas e litorâneas do mundo, um passo crucial para proteger a biodiversidade marinha'', defendeu o sul-coreano.

Apesar do que caracterizou como ''frágil'' estado dos oceanos em consequência do ''impacto humano'', Ban reconheceu que ainda ''há lugar para a esperança'', já que se demonstrou que, no momento em que ''as ameaças humanas se reduzem ou deixam de existir'', os espaços marítimos se recuperam.

''Foram obtidos alguns avanços, particularmente com o estabelecimento de reservas marinhas em grande escala e de áreas de documentação ecológica e biológica em pleno oceano e nas profundezas marinhas, mas agora temos de avançar nessas conquistas'', declarou o secretário-geral.

Em 2000, a Assembleia Geral da ONU proclamou 22 de maio como o Dia Internacional da Diversidade Biológica, como um modo de aumentar a compreensão e a consciência sobre as questões relativas a esse campo.

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