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ONU pede investigação sobre supostos crimes de Duterte

Desde julho, quando Rodrigo Duterte assumiu a Presidência das Filipinas, 6 mil pessoas morreram na guerra às drogas do governo

Rodrigo Duterte: presidente disse na semana passada disse que quando era prefeito de Davao patrulhou as ruas e matou criminosos "pessoalmente" (Erik De Castro/Reuters)

Rodrigo Duterte: presidente disse na semana passada disse que quando era prefeito de Davao patrulhou as ruas e matou criminosos "pessoalmente" (Erik De Castro/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de dezembro de 2016 às 08h52.

Manila - A Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) exortou as Filipinas a iniciarem uma investigação sobre as declarações do presidente filipino, Rodrigo Duterte, a respeito de três pessoas que teria matado quando era prefeito da cidade de Davao e de todas as mortes decorrentes de sua guerra às drogas.

Desde julho, quando Duterte assumiu a Presidência, 6 mil pessoas morreram na guerra às drogas do governo, cerca de um terço em operações da polícia e o resto por homens mascarados em motos ou por grupos de vigilantes.

Em uma reunião com empresários ocorrida na semana passada, Duterte disse que quando era prefeito de Davao patrulhou as ruas e matou criminosos "pessoalmente".

Mais tarde ele admitiu ter matado três homens envolvidos em um caso de sequestro durante uma troca de tiros da polícia no final dos anos 1980.

"As autoridades judiciais das Filipinas precisam demonstrar seu compromisso com a aplicação da lei e sua independência do Executivo iniciando uma investigação de assassinato", disse Zeid Ra'ad Al Hussein, alto comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas, em referência às afirmações de Duterte.

"O assassinato descrito pelo presidente Duterte também viola a lei internacional, inclusive o direito à vida, a liberdade da violência e da força, o devido processo e um julgamento justo, a proteção igual perante a lei e a inocência até prova em contrário", disse Zeid em um comunicado.

Os aliados de Duterte no Congresso afirmaram que ele é imune a qualquer ação civil e não pode ser investigado por ações cometidas antes de assumir seu cargo atual. Ele só pode ser submetido a um inquérito depois de ser retirado da função, acrescentaram.

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