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ONU pede fim das demolições de casas de acusados palestinos

James Rawley expressou sua preocupação com as demolições no território ocupado da Cisjordânia e Jerusalém Oriental


	Responsável da ONU denunciou que demolições feitas pelos israelenses vão contra vários tipos de legislações internacionais que o país aceitou
 (Ahmad Gharabli/AFP)

Responsável da ONU denunciou que demolições feitas pelos israelenses vão contra vários tipos de legislações internacionais que o país aceitou (Ahmad Gharabli/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 08h55.

Jerusalém - O Coordenador Humanitário Residente das Nações Unidas no território ocupado palestino, James W. Rawley, pediu a Israel que ponha fim às demolições de castigo de casas de palestinos que participaram de ataques contra alvos israelenses.

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, Rawley, expressou sua profunda preocupação com o reatamento por parte das autoridades israelenses das demolições no território ocupado da Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

"Esta prática tem como alvo as casas dos que realizam ou supostamente fazem ataques contra civis israelenses e suas forças de segurança, com o objetivo declarado de dissuadir outros que cometam ataques", comentou o Coordenador Humanitário em comunicado.

Rawley lembrou que em recentes conversas com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e com o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se mostrou alarmado com o aumento da violência nas últimas semanas.

"As demolições punitivas são uma forma de pena coletiva que castiga pessoas por atos que não cometeram", disse Rawley, antes de comentar que "deixa pessoas inocentes sem lar" e que "o impacto sobre crianças, mulheres e idosos é particularmente devastador".

O responsável da ONU denunciou que a prática vai contra vários tipos de legislações internacionais que Israel aceitou, entre elas, a que proíbe destruir propriedade privada no território sob ocupação, a que veta os castigos coletivos, ou a vinculada ao direito à realização de julgamentos justos.

"As demolições como castigo devem parar. Transgridem o direito internacional e ameaçam solapar a já por si só frágil situação", assinalou Rawley, para quem "as violações dos direitos humanos não são só um sintoma da continuação do conflito mas contribuem para o mesmo".

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