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ONU pede calma e moderação no Zimbabué após renúncia de Mugabe

Guterres disse que a ONU está ciente da decisão de Mugabe e "encoraja todos os zimbabuanos a manter calma e a moderação"

Zimbábue: a renúncia de Mugabe foi anunciada hoje pelo presidente do parlamento do país (James Oatway/Reuters)

Zimbábue: a renúncia de Mugabe foi anunciada hoje pelo presidente do parlamento do país (James Oatway/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de novembro de 2017 às 18h23.

Nações Unidas - O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu nesta terça-feira calma e moderação ao Zimbábue após a renúncia de Robert Mugabe à presidência do país.

Através de mensagem divulgada por seu porta-voz, Farhan Haq, Guterres disse que a ONU está ciente da decisão de Mugabe e "encoraja todos os zimbabuanos a manter calma e a moderação".

Perguntado pelos jornalistas sobre a decisão, Haq não quis falar sobre as possíveis consequências da saída de Mugabe no poder, mas lembrou que a ONU sempre espera que os líderes ouçam o povo.

"Esse é um pilar de toda a forma de governo e deve ser seguida em todos os continentes", afirmou o porta-voz.

A renúncia de Mugabe foi anunciada hoje pelo presidente do parlamento do país, Jacob Mudenda, enquanto os deputados debatiam uma moção de censura contra o presidente.

Mudenda interrompeu a sessão conjunta da Assembleia Nacional e do Senado para ler a carta de renúncia de Mugabe, com efeitos imediatos, e anunciou que amanhã um novo presidente será escolhido.

Caso não tivesse renunciado, Mugabe possivelmente enfrentaria uma moção de censura proposta por seu próprio partido, a União Nacional Africana do Zimbábue - Frente Patriótica (ZANU-PF), que conta com a maioria no Congresso e que era apoiada pela oposição.

Mugabe parecia resistir a deixar o cargo que ocupou por 37 anos mesmo depois de os militares terem tomado o controle do país na madrugada da última quarta-feira.

O estopim da crise foi a destituição do vice-presidente Emmerson Mnangagwa no último dia 6, forçada pela facção do ZANU-PF ligada à primeira-dama do país, Grace Mugabe, que queria suceder o marido.

Desde então, a ZANU-PF destituiu Mugabe da liderança da legenda, substituindo-o por Mnangagwa e expulsou Grace e seus aliados do partido.

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