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ONU nomeia novo enviado especial para negociar paz no Iêmen

Diante da crescente pressão sobre a ONU pela paz no Iêmen, Jamal Benomar, que era o enviado da ONU para o país, anunciou na semana passada que deixaria o posto


	Pessoas em local de ataque aéreo em Sanaa: quatro anos de esforços de Benomar por uma transição política pacífica no Iêmen fracassaram em meio ao levante rebelde e à resposta com ataques aéreos
 (REUTERS/Khaled Abdullah)

Pessoas em local de ataque aéreo em Sanaa: quatro anos de esforços de Benomar por uma transição política pacífica no Iêmen fracassaram em meio ao levante rebelde e à resposta com ataques aéreos (REUTERS/Khaled Abdullah)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2015 às 15h58.

Nova York - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, nomeou um novo enviado especial para o Iêmen. Atual chefe da ONU para o combate ao ebola, Ismail Ould Cheikh Ahmed terá a missão de tentar liderar as negociações para acabar com a violência no país mais pobre do mundo árabe.

Ban nomeou Ahmed em uma carta enviada à atual presidente do Conselho de Segurança, Dina Kawar, que é embaixadora da ONU na Jordânia. O Conselho de Segurança tem 48 horas para avaliar a nomeação, que precisa ser aprovada por esse órgão.

Diante da crescente pressão sobre a ONU pela paz no Iêmen, Jamal Benomar, que era o enviado da ONU para o país, anunciou na semana passada que deixaria o posto. Benomar enfrentou fortes críticas dos países do Golfo, incluindo a Arábia Saudita, que lidera uma coalizão regional que realiza ataques contra os rebeldes xiitas houthis.

Os quatro anos de esforços de Benomar por uma transição política pacífica no Iêmen fracassaram em meio ao levante rebelde e à resposta com ataques aéreos. Com isso, criou-se o temor de uma guerra por procuração entre os sauditas e seus aliados sunitas e o Irã, um regime xiita que apoia os houthis.

O embaixador da ONU no Iêmen, Khaled Alyemany, disse na semana passada que Benomar havia assumido o partido dos houthis, "e isso não podemos aceitar". Ele disse que Ahmed, da Mauritânia, é "um diplomata da ONU e especialista muito bom".

Mais de mil pessoas já morreram nas últimas semanas pela violência no Iêmen. A ONU afirmou que não poupará esforços para relançar um processo de paz. 

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