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ONU Mulheres lança campanha regional no Equador

Campanha "O valente não é violento", em Quito, pretende mudar a realidade das mulheres que ainda são vítimas de agressões na América Latina


	Manifestantes pedem fim da violência contra a mulheres: "temos séculos de tradição da violência e este é o momento de mudarmos essa história", disse prefeito de Quito
 (Tony Karumba/AFP)

Manifestantes pedem fim da violência contra a mulheres: "temos séculos de tradição da violência e este é o momento de mudarmos essa história", disse prefeito de Quito (Tony Karumba/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 12h40.

Quito - Com um show musical em um dos shoppings mais movimentados da capital equatoriana, a ONU Mulheres lançou nesta quarta-feira sua mais recente campanha, "O valente não é violento", uma estratégia com a qual procura mudar a realidade das mulheres que ainda são vítimas de agressões nas sociedades latino-americanas.

"O valente não agride nem com golpes e nem com palavras", dizia uma frase impressa nas camisetas que o escritório da ONU Mulheres distribuiu entre os presentes.

"É com essa frase que a organização tenta se impor para mudar séculos de violência contra as mulheres", declarou o prefeito de Quito, Augusto Barreira, durante o ato da ONU Mulheres na capital equatoriana.

"Temos séculos de tradição da violência e este é o momento de mudarmos essa história", indicou Barreira à Agencia Efe ao assinalar que a Prefeitura também empreendeu vários programas neste aspecto.

"Nos introduziram na cabeça que o mais valente é aquele que mais grita, o prepotente, o que bate no mais fraco e o que bate em mulheres" e, por isso, "a ideia é mudar esse estereótipo", afirmou Barreira.

Já Nadine Gasman, representante de ONU Mulheres no Brasil e que se encontrava em Quito por causa do lançamento da campanha, declarou que são os jovens os que devem encarar esse combate contra a violência de gênero.

Segundo a ONU Mulheres, quase um terço das mulheres sul-americanas foram vítimas de violência física ou sexual por parte de seu cônjuge, enquanto 10% sofreu violência sexual pelas mãos de outras pessoas.

"O que procuramos com esta campanha é fazer com que a luta contra a violência de gênero passe a fazer efeito nas ruas e que esta mudança de atitude perpetue, sobretudo, entre os jovens da América Latina, que são os encarregados de impedir que esse círculo de violência seja mantido", finalizou a representante brasileira.

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