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Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2010 às 14h17.
Nova York - As economias latino-americanas se recuperaram da crise com maior firmeza do que o previsto graças em parte à demanda de suas matérias-primas, o que permitirá que cresçam 4% em 2010 e 3,9% em 2011, segundo um relatório das Nações Unidas divulgado hoje.
O documento, intitulado "A Situação e Perspectiva da Economia Mundial em 2010", que atualiza as previsões apresentados em janeiro passado pela organização mundial, desenha um panorama relativamente positivo para a região no contexto da crise global.
"A atividade econômica na América Latina e no Caribe se recuperou com mais firmeza do que se esperava", destacam os autores do relatório, exemplificando o caso do Brasil, que, segundo eles, deve crescer 5,8%, impulsionado pela forte demanda interna.
Por isso, elevam para 4% a previsão de crescimento do conjunto da região para este ano, 0,6% a mais que o previsto no início do ano, e apontam para um crescimento similar para 2011, que seria de 3,9%.
Esses números, ressaltam os economistas da ONU, contrastam com a contração de 2,1% que teve a atividade econômica latino-americana no ano passado após a derrubada dos principais mercados financeiros do mundo em setembro de 2008.
"Após a leve recessão que sofreram várias economias sul-americanas em 2009, ocorreu uma forte recuperação no último trimestre desse ano graças aos altos preços das matérias-primas e ao aumento das exportações", acrescenta o documento.
Por outro lado, apesar do aumento dos preços do petróleo, os analistas consideram que a recuperação na Venezuela seguirá "lenta" pelo impacto dos cortes no fornecimento de energia elétrica na produção, assim como pela "tênue" demanda do setor privado.
México, América Central e os países do Caribe também estão no caminho da recuperação, mas em seus casos o crescimento se vê moderado pelo lento restabelecimento das exportações da região aos Estados Unidos, segundo a ONU.