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ONU lamenta ruptura de Israel com o Conselho de DH

Israel mostrou descontentamento com a implantação de uma missão investigadora, decidindo romper com o órgão da ONU, sustentando que este perdeu toda sua credibilidade

O CDH é integrado de maneira alternada por 47 Estados - membros escolhidos por votação na Assembleia Geral (Wikimedia Commons)

O CDH é integrado de maneira alternada por 47 Estados - membros escolhidos por votação na Assembleia Geral (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2012 às 20h45.

Genebra - A presidente do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU, a embaixadora uruguaia Laura Dupuy, lamentou nesta segunda-feira o anúncio de que Israel suspenderá sua colaboração com o órgão pela decisão deste último de criar uma equipe para investigar o impacto dos assentamentos judaicos sobre a população palestina.

Essa resolução revoltou o governo israelense, que decidiu cortar vínculos com o CDH, principal órgão intergovernamental das Nações Unidas dedicado à defesa e promoção dos direitos humanos. O CDH é integrado de maneira alternada por 47 Estados - membros escolhidos por votação na Assembleia Geral.

Dupuy declarou que a resolução que criou a comissão investigadora sobre os efeitos da expansão dos assentamentos de Israel em território palestino foi uma entre 40 aprovadas pelo CDH em seu último período de sessões, que acabou na sexta-feira passada após quatro semanas de reuniões.

O apoio a essa medida - acrescentou Dupuy - foi respaldado por países de diversas regiões do mundo, e apenas um dos países-membros do CDH votou contra.

A diplomata uruguaia elogiou a participação de Israel no CDH, assim como sua contribuição aos debates sobre a situação de direitos humanos em vários países, como recentemente aconteceu nos casos de Líbia e Síria.

Apesar dos elogios, Israel mostrou grande descontentamento com a implantação de uma missão investigadora, decidindo romper com o órgão da ONU, sustentando que este perdeu toda sua credibilidade.

'Não vale a pena cooperar com uma organização povoada de gente como sírios e iranianos que vão lá para pregar o respeito aos direitos humanos em outros países', alegou o ministro de Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman. 

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