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ONU insiste para que ajuda entre em Gaza por 'todos os portos' em meio ao aumento da fome

A organização e seus parceiros humanitários enfrentam ‘impedimentos’ para a ‘entrada’ e ‘distribuição’ de suprimentos

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 5 de agosto de 2025 às 17h59.

Última atualização em 5 de agosto de 2025 às 18h21.

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A ONU reiterou seus apelos para o uso de "todos os portos disponíveis" para que mais ajuda humanitária e produtos comerciais entrem na Faixa de Gaza, diante da crescente fome entre a população palestina, e denunciou que ainda há "impedimentos" para esses suprimentos.

Farhan Haq, porta-voz do secretário-geral Antonio Guterres, disse em entrevista coletiva que "com o aumento da fome, o volume de suprimentos que entra em Gaza continua insuficiente" e que a ONU e seus parceiros humanitários enfrentam "impedimentos" para a "entrada" e "distribuição" desses suprimentos.

"Precisamos de um aumento urgente de suprimentos e de um ambiente que permita que os humanitários cheguem às pessoas necessitadas de forma rápida, segura e eficiente", acrescentou, observando que, além da escassez de alimentos, há uma escassez de medicamentos, enquanto o sistema de saúde é prejudicado pela falta de combustível.

De acordo com Haq, a ONU conseguiu na segunda-feira levar para a Cidade de Gaza três caminhões de combustível, que foram descarregados em uma estação da organização e serão usados para abastecer "as instalações mais críticas de água, higiene e telecomunicações", que estão operando "com poucos recursos".

Em resposta aos relatos de que Israel está permitindo a entrada de produtos comerciais, Haq comentou que os colegas no local estão tentando verificar isso, mas ressaltou que até agora apenas dois portos de entrada ainda estão sendo usados e a ajuda deve entrar "por todos os portos disponíveis".

Questionado sobre os planos de Israel de ocupar a Faixa de Gaza, que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta terça-feira e que já foram denunciados por vários países, o porta-voz disse que são "especulações", mas lembrou que a instituição "permaneceu em Gaza por quase dois anos de guerra".

"Nós nos mantivemos firmes e fizemos o que podíamos, mesmo que isso tenha tido um custo tremendo e a perda de 300 vidas de nosso povo em Gaza", declarou.

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