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ONU fala em mais de 300 mortos desde começo do cessar-fogo

Estimativa da ONU corresponde a um período analisado que vai de 5 de setembro a 6 de outubro

Corpo em um hospital de Donetsk, na Ucrânia: mais de 300 pessoas morreram desde o início do cessar-fogo no país (John Macdougall/AFP)

Corpo em um hospital de Donetsk, na Ucrânia: mais de 300 pessoas morreram desde o início do cessar-fogo no país (John Macdougall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2014 às 12h24.

Genebra - Pelo menos 331 pessoas morreram na Ucrânia de 5 de setembro, quando entrou em vigor o cessar-fogo, até 6 de outubro, segundo um comunicado sobre os direitos humanos no país divulgado pela ONU em Genebra.

"Desde o início do cessar-fogo, entre 6 de setembro e 6 de outubro, foram registradas 331 mortes", afirma o comunicado que acompanha a atualização do relatório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas.

O relatório, elaborado pela equipe de 35 observadores da ONU na Ucrânia, que cobre o período de 18 de agosto a 16 de setembro, também destaca o "número crescente de combatentes estrangeiros, incluindo supostos cidadãos russos, que reforçaram entre 24 de agosto e 5 de setembro as fileiras dos grupos armados da república autoproclamada de Donetsk e da república de Lugansk".

"Durante o período estudado, o direito humanitário internacional continuou sendo violado pelos grupos armados e certas unidades sob o controle do exército ucraniano", afirma o relatório, que cita "confrontos, combates e disparos de artilharia cotidianos".

"Grupos armados continuam aterrorizando a população nas áreas que controlam, matando, sequestrando, torturando e maltratando a população", destaca a ONU.

O documento também cita informações sobre maus-tratos aos prisioneiros das Forças Armadas e a polícia ucranianas.

O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, destacou que todas as violações dos direitos humanos devem ser objeto de investigações e processos judiciais.

Gianni Magazzeni, diretor do departamento para as Américas, Europa e Ásia central do Alto Comissariado, afirmou que o balanço global de mortes é "muito conservador" e que o número real deve ser muito maior.

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