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ONU estende sanções na Líbia às milícias

Conselho de Segurança da ONU ampliou regime de sanções contra a Líbia para poder incluir milícias que se enfrentam no país

Combatente islamita na entrada do aeroporto internacional de Trípoli, na Líbia (Mahmud Turkia/AFP)

Combatente islamita na entrada do aeroporto internacional de Trípoli, na Líbia (Mahmud Turkia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 14h23.

Nova York - O Conselho de Segurança da ONU ampliou nesta quarta-feira o regime de sanções contra a Líbia para poder incluir as milícias que se enfrentam naquele país.

As sanções, que até o momento se aplicavam aos partidários do antigo regime de Muammar Kadaffi, incluem um embargo às armas, o congelamento de bens e proibição de viajar.

Os indivíduos ou grupos a serem sancionados serão definidos por um comitê especializado dependente do Conselho.

De acordo com a resolução, aprovada por unanimidade pelos 15 países membros do Conselho, a partir de agora as sanções também se aplicam a pessoas ou entidades que ajudem ou cometam "atos que põem em perigo a paz, a estabilidade e a segurança da Líbia ou que criem obstáculos e comprometer o sucesso da transição política".

O texto precisa que se trata de pessoas responsáveis por violações dos direitos humanos e ataques contra infraestruturas, como portos e aeroportos, e missões diplomáticas estrangeiras na Líbia.

Também serão punidos quem apoiar grupos armados que explorem os recursos petrolíferos do país ilegalmente.

O Conselho decidiu ainda que "o fornecimento, a venda ou transferência de armas e munições para a Líbia (...) devem ser previamente aprovadas pelo comitê" responsável pela administração de sanções. Até o momento, o governo líbio precisava simplesmente notificar as compras de armas à ONU.

"Temos a intenção de reforçar o embargo às armas e expandir o regime de sanções para punir os líderes de milícias que se enfrentam no país", disse um diplomata ocidental.

A Líbia é palco de violentos confrontos entre milícias rivais desde meados de julho.

Desde a queda do regime de Kadaffi, em 2011, as autoridades de transição não conseguem restabelecer a ordem e a segurança no país.

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