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ONU escolhe latino-americanas para planos de desenvolvimento

A presidente do Instituto de Pesquisa de Economia Aplicada (Ipea), Vanessa Petrelli Corrêa, do Brasil faz parte do grupo

A missão do grupo anunciado por Ban Ki-moon é assessorar a identificação de um novo plano internacional que supra os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio  (Karen Bleier/AFP)

A missão do grupo anunciado por Ban Ki-moon é assessorar a identificação de um novo plano internacional que supra os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2012 às 21h25.

Nações Unidas - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou nesta terça-feira os 26 integrantes do grupo encarregado de identificar os novos objetivos de desenvolvimento sustentável, entre os quais há quatro mulheres latino-americanas.

A presidente do Instituto de Pesquisa de Economia Aplicada (Ipea), Vanessa Petrelli Corrêa, do Brasil; as chanceleres María Ángela Holguín, da Colômbia, e Patricia Espinosa, do México, assim como a presidente da Agência do Meio Ambiente de Cuba, Gisela Alonso, fazem parte do chamado Grupo de Alto Nível de Pessoas Eminentes.

A missão do grupo é assessorar a identificação de um novo plano internacional que supra os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), estipulados em 2000 e que deveriam ser cumpridos até 2015.

O grupo de analistas, do qual também faz parte a rainha da Jordânia, é presidido pelo primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, junto com os líderes da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, e da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, cuja nomeação foi anunciada pela ONU em maio.

Os novos objetivos que o grupo deverá identificar supoem a continuação dos ODM, que se finalizam dentro de três anos sem que muitos deles possam se realizar, e deverão basear-se na concretização de uma autêntica economia sustentável e na preservação dos recursos naturais que dispõe o planeta.

Destacam-se, entre os analistas, o chefe-executivo da multinacional de alimentação Unilever, Paul Polman; a esposa de Nelson Mandela, Graça Machel; o ex-presidente da Alemanha Horst Köhler; a ministra de Desenvolvimento sueca, Gunilla Carlsson, e o comissário europeu para o Desenvolvimento, Andris Piebalgs.


Também figuram o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Kim Sung-hwan, a ministra nigeriana de Finanças, Ngozi Okonjo-Iweala, e sua homônima do Timor-Leste, Emilia Pires, o ex-primeiro-ministro japonês Naoto Kan, o diplomata chinês Yingfan Wang e Elvira Nabiullina, assessora econômica do presidente russo, Vladimir Putin.

Na lista está também o economista indiano Abhijit Banerjee; o prefeito de Istambul, Kadir Topbas; o presidente da organização americana ''Center for American Progress'', John Podesta, e o francês Jean-Michel Severino, ex-presidente da Agência Francesa de Desenvolvimento (ADF).

Completam a lista de selecionados a queniana Betty Maina, presidente da Associação de Fabricantes do Quênia, o economista beninense Fulbert Gero Amoussouga, e a jornalista iemenita Tawakel Karman.

A função de todos eles, representantes de governos, do setor privado e da sociedade civil, será assessorar Ban Ki-Moon a conseguir ''uma agenda de desenvolvimento inovadora e ao mesmo tempo prática para depois de 2015'', informou a ONU em comunicado sobre o grupo, que realizará sua primeira reunião em setembro.

''Espero com atenção as recomendações do grupo para uma agenda que inclua responsabilidades compartilhadas para todos os países e que se baseie no desenvolvimento sustentável e na luta contra a pobreza'', disse Ban no mesmo comunicado.

O secretário-geral espera um primeiro relatório do grupo para a primeira metade de 2013.

A ONU espera que o trabalho dos analistas se baseie na declaração da recente cúpula da Rio+20 e que inclui recomendações para responder ''aos desafios globais do século XXI, avançando nos ODM e com o objetivo de acabar com a pobreza''.

Os atuais ODM são: erradicar a pobreza extrema e a fome, conseguir a escolarização primária universal, fomentar a igualdade de gênero, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, combater o HIV e a aids, assegurar a sustentabilidade do meio ambiente e impulsionar uma associação global para o desenvolvimento. 

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