Floresta nos EUA: crescimento médio foi de 1,25 milhões de hectares por ano (Eric Guinther/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2011 às 14h00.
Genebra - As florestas europeias e norte-americanas estão em bom estado e evoluem favoravelmente, segundo anunciou nesta segunda-feira a Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa (UNECE).
Em seu relatório sobre o estado das florestas em 2011, a UNECE - cuja área de competência compreende Europa, América do Norte, Cáucaso e Ásia Central - especifica que a superfície total das zonas florestais aumentou em 25 milhões de hectares nos últimos 20 anos, o que significa uma área do tamanho da Grã-Bretanha.
Em média, o crescimento foi de 1,25 milhões de hectares por ano, um pouco menor que o tamanho de Montenegro.
No total, a região UNECE conta com 1,6 bilhões de hectares de zonas florestais, 40% do total do mundo.
Delas, a metade se encontra em território russo, e outras 37% nos Estados Unidos e Canadá.
"O estado das florestas da região é bom. Nenhum dano devido à poluição foi descoberto e só algumas zonas em nível local ficaram afetadas pelo efeito de ácido", assinalou em entrevista coletiva Roman Michalak, especialista da UNECE.
Cerca de 1% da superfície total da área florestal da região UNECE sofre danos devido aos insetos, e 0,1% foi atingida por incêndios.
Do total, 1,3 % das florestas da região foram danificadas por grandes tempestades, e se registraram cinco eventos maiores que afetaram áreas florestais.
O relatório assinala que a gestão das florestas melhorou nos últimos anos e que a superfície protegida para preservar a diversidade biológica aumentou.
A zona protegida na região cresceu em 25 milhões de hectares nos últimos 20 anos, e atualmente representa 8% da área total.
Cerca de 13 milhões de hectares de florestas por ano foram transformados a outros usos no período 2000-2010, uma melhora em relação aos 16 milhões da década 1990-2000.
China, Índia e Estados Unidos foram os países que mais ganharam áreas florestais, enquanto que a Austrália e Brasil, foram os que mais perderam.