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ONU e Opaq continuam negociando onde será destruído arsenal

Entidades ainda discutem qual será o país que vai receber o arsenal químico sírio para sua posterior destruição

Inspetores da OPAQ em local não revelado da Síria no dia 10 de outubro (©afp.com)

Inspetores da OPAQ em local não revelado da Síria no dia 10 de outubro (©afp.com)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2013 às 22h50.

Nações Unidas - A ONU garantiu nesta segunda-feira que ainda continuam as negociações com a Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) para decidir qual será o país que vai receber o arsenal químico sírio para sua posterior destruição.

O porta-voz da ONU, Farhan Hak, confirmou à imprensa essa informação e detalhou que as conversas bilaterais para escolher o país onde será realizada a destruição dessas armas estão "na fase final".

Hak reconheceu que tanto o transporte do arsenal químico como o lugar onde será feita a sua destruição representam "um grande desafio" para a comunidade internacional, para o qual é necessário um "ato de coragem".

Por último, lembrou que o secretário-geral, Ban Ki-moon, enfatizou que para que o plano de destruição do arsenal químico sírio seja executado "a tempo", será preciso um "ambiente seguro" para a verificação e o transporte das armas.

As substâncias mais perigosas serão transportadas para fora da Síria antes do dia 31 de dezembro e sua destruição será feita da forma "mais segura e mais rápida" antes do final de março.

A Opaq adotou na semana passada um plano para concluir durante a primeira metade de 2014 a destruição desse arsenal, uma tarefa que acontecerá em um terceiro país que ainda será definido.

O governo belga se declarou hoje disposto a apoiar os trabalhos para a destruição do arsenal de armas químicas da Síria, mas rejeitou que o processo de eliminação desse arsenal ocorresse em seu território.

Outros países que, segundo várias fontes, foram cogitados como destino para as armas químicas, como Dinamarca e Noruega, também se negaram a recebê-las.

O governo da Albânia, que manteve negociações com os Estados Unidos durante os últimos dias, finalmente rejeitou a proposta, após os protestos da população contra essa possibilidade.

Milhares de pessoas saíram às ruas em várias cidades albanesas contra um possível envio das armas químicas sírias para esse país para sua destruição.

A Albânia, país membro da Otan, se declarou livre de armas químicas em 2007 após destruir 16 toneladas de substâncias químicas que as Forças Armadas tinham herdado do período comunista.

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