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ONU e EUA comemoram saída de Maliki do governo iraquiano

A decisão de Maliki de permitir a formação de um novo governo demonstra compromisso com o processo democrático, disse representante da ONU em Bagdá


	Maliki: "esperamos que isso permita situar o Iraque em um novo caminho", disse Casa Branca
 (Getty Images)

Maliki: "esperamos que isso permita situar o Iraque em um novo caminho", disse Casa Branca (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2014 às 07h55.

O representante especial da <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/onu">ONU</a></strong> em Bagdá, Nickolay Mladenov, chamou nesta sexta-feira de "passo histórico" a decisão do primeiro-ministro do <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/iraque">Iraque</a></strong>, Nuri al-Maliki, de deixar o cargo.</p>

"A decisão de Maliki de permitir a formação de um novo governo o quanto antes demonstra uma dimensão de estadista e um compromisso com o processo democrático e com a Constituição", considerou Mladenov em um comunicado.

"Isso permitirá (ao país) dar outro passo histórico: uma transição pacífica de governo em um país que sofreu com tantas mortes e violência", acrescentou.

Na mesma linha, a Casa Branca comemorou a decisão de Maliki, considerando-a "um grande passo à frente" para o Iraque.

Aplaudindo a decisão de Maliki, a conselheira de Segurança Nacional dos EUA, Susan Rice, destacou que o novo primeiro-ministro, Haidar al Abadi, recebeu mensagens de apoio "do mundo inteiro".

"É animador, e esperamos que isso permita situar o Iraque em um novo caminho e unir seu povo contra a ameaça que representa o Estado Islâmico", acrescentou.

"Anuncio hoje diante de vocês (...) a retirada da minha candidatura em favor do irmão Haidar al Abadi", declarou Maliki, ao lado do sucessor.

Há vários dias, a Casa Branca pede ao xiita Maliki que deixe o governo, após oito anos no poder, e ceda espaço para permitir que seu sucessor coloque o país em ordem.

"Nesses últimos anos, os iraquianos não trabalharam juntos. A população sunita não foi levada em conta o suficiente. Isso causou uma perda de confiança em certas regiões do Iraque e nas forças de segurança iraquianas", declarou o conselheiro adjunto de Segurança Nacional de Obama, Ben Rhodes, referindo-se à marginalização de representantes da minoria sunita em um governo inclusivo.

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