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ONU diz que rohingyas correm risco por monções em Bangladesh

Atualmente, mais de 900 mil rohingyas estão vivendo em acampamentos na região de Cox's Bazar, em Bangladesh

Rohingyas: campos precários de Bangladesh poderão ser atingidos por deslizamentos de terra quando a estação de monções começar (Mohammad Ponir Hossain/Reuters)

Rohingyas: campos precários de Bangladesh poderão ser atingidos por deslizamentos de terra quando a estação de monções começar (Mohammad Ponir Hossain/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de janeiro de 2018 às 11h20.

Genebra - Mais de 100 mil refugiados rohingyas recolhidos em campos precários de Bangladesh poderão ser atingidos por deslizamentos de terra quando a estação de monções começar em meados deste ano, alertou um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).

Atualmente há mais de 900 mil rohingyas na região de Cox's Bazar, em Bangladesh, para onde 688 mil membros do grupo fugiram da violência que irrompeu em Mianmar em agosto. Agentes humanitários dizem que os campos que abrigam os recém-chegados são totalmente inadequados.

"O mapeamento dos riscos de deslizamentos de terra e alagamentos revela que ao menos 100 mil pessoas correm grande perigo devido a estes riscos e precisam de realocação para novas áreas ou dentro das vizinhanças em que moram", disse o relatório da ONU.

"A falta de espaço continua sendo o principal desafio para o setor, já que os locais estão altamente congestionados, o que cria condições de vida extremamente duras, sem espaço para a prestação de serviços e instalações. Além disso, o congestionamento cria mais riscos para a proteção e favorece surtos de doenças, como o surto de difteria que cresce atualmente na maioria dos locais".

Embora um programa de vacinação acelerado pareça ter contido o risco de cólera, há 4.865 casos confirmados, prováveis ou possíveis da doença, e 35 pessoas já morreram.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) vacinou mais de 500 mil rohingyas contra a difteria, e no sábado agentes de saúde começaram a dar uma segunda dose a 350 mil crianças.

A OMS também tem 2.500 doses de antitoxina, que atualmente está com os estoques baixos em todo o mundo, para tratar dos efeitos fatais da doença.

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