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ONU diz que Paquistão sofre com "emergência" alimentar

Combates em áreas tribais que fazem fronteira com o Afeganistão agravaram os problemas causados por três anos consecutivos de inundações

Pessoas caminham em frente a uma parede coberta de cartazes eleitorais no centro velho de Lahore, Paquistão (Damir Sagolj/Reuters)

Pessoas caminham em frente a uma parede coberta de cartazes eleitorais no centro velho de Lahore, Paquistão (Damir Sagolj/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2013 às 08h34.

Peshawar - A fome no Paquistão está em níveis emergenciais após anos de conflito e inundações, mas o financiamento diminuiu à medida que novas crises, como a da Síria, chamam mais a atenção dos doadores, afirmou o chefe de auxílio alimentar das Nações Unidas, no domingo.

Combates em áreas tribais que fazem fronteira com o Afeganistão agravaram os problemas causados por três anos consecutivos de inundações, que destruíram colheitas e forçaram milhões de pessoas a abandonar temporariamente as suas casas.

Quinze por cento das crianças estão seriamente desnutridas, e cerca de 40 por cento têm problemas de crescimento informou o Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP, em inglês).

"Esta é uma situação de emergência, tanto do lado da segurança alimentar, como do lado da subnutrição", afirmou o chefe do WFP, Ertharin Cousin, à Reuters. "Precisamos dar o alarme." Em um centro para tratamento de desnutrição aguda no Vale Swat no Paquistão, que Cousin visitou no domingo, uma jovem mãe chamada Zainab segurava seu bebê desnutrido de 2 meses de idade, e esperava por uma ração de alta nutrição.

"Quando a área foi evacuada, deixamos os nossos animais e nossas casas, quando voltamos nossos animais foram mortos e as nossas casas foram destruídas", disse Zainab, que usava uma burca preta.

Cousin disse que o aumento do custo da crise de refugiados na Síria já significava que era mais difícil atrair fundos para o Paquistão.

As operações do WFP relacionadas à Síria custam atualmente 19 milhões dólares por mês, e estão previstos para subir para até 42 milhões de dólares por mês até o final do ano, colocando uma pressão sobre os doadores ocidentais.

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