Uma criança do Sudão do Sul, mal-nutrida, recebe banho em uma enfermaria dos Médicos Sem Fronteiras. (28/5/2014) (REUTERS/Andreea Campeanu)
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2014 às 17h12.
São Paulo - Dezenas de milhares de crianças no Sudão do Sul podem morrer neste ano sem ajuda de agências de ajuda humanitária, disse a ONU neste sábado, já que pediu mais de 1 bilhão de dólares para ajudar vítimas de 6 meses de guerra civil.
A luta que eclodiu em dezembro tirou 1,5 milhão de pessoas de casa e 7 milhões estavam sob risco de fome e doenças, disse Toby Lanzer, coordenador humanitário da ONU no Sudao do Sul.
"A menos que a luta acabe e as pessoas possam voltar para suas casas e retomar suas vidas, a situação vai continuar a agravar-se", disse ele no lançamento de um plano para apoiar 3,8 milhões de pessoas.
"As consequências podem ser terríveis: 50 mil crianças podem morrer neste ano se não receberem assistência." Forças do governo que apoiam o presidente Salva Kiir e soldados leais ao vice demitido Riek Machar violaram o cessar-fogo assinado em maio, com o derramamento de sangue contínuo agravando a crise humanitária no país mais novo do mundo.
Lanzer disse que as chuvas sazonais tinham, em conjunto e condições para o Sul do Sudão foram se deteriorando a cada dia.
"A cólera eclodiu e malária é galopante e muitas crianças estão desnutridas. Milhões de pessoas precisam de cuidados de saúde de emergência, alimentos, água potável, saneamento básico e moradia para fazê-lo ao longo do ano", disse ele.