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ONU deveria estimular a redistribuição de renda, diz papa

Pontífice disse ao secretário-geral da ONU que a organização tem de fazer mais para ajudar os pobres

Papa Francisco cumprimenta o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante encontro no Vaticano (Osservatore Romano/Reuters)

Papa Francisco cumprimenta o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante encontro no Vaticano (Osservatore Romano/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 16h58.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco disse ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, nesta sexta-feira que a organização mundial tem de fazer mais para ajudar os pobres e deveria encorajar a "redistribuição legítima" das riquezas.

Desde sua eleição no ano passado o papa Francisco vem pedindo com frequência mudanças no sistema econômico. Ele fez seus comentários num discurso a Ban e dirigentes de várias agências da ONU reunidos em Roma.

"No caso de organizações econômicas e políticas mundiais, muito mais precisa ser alcançado, já que uma importante parcela da humanidade não compartilha dos benefícios do progresso e está de fato relegada ao status de cidadãos de segunda classe", disse Francisco.

Francisco, natural da Argentina, foi o primeiro latino-americano a se tornar papa, e também o primeiro não-europeu em 1.300 anos alçado ao posto. Ele tem consistentemente usado seus encontros com líderes mundiais, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em março, para destacar a causa dos destituídos do mundo.

Uma contribuição para um desenvolvimento mais equitativo poderia ser dada tanto "por atividade internacional direcionada ao desenvolvimento humano de todos os povos do mundo como pela redistribuição legítima dos benefícios econômicos pelo Estado...", disse o papa.

O pontífice afirmou aos dirigentes das Nações Unidas que as metas de desenvolvimento sustentável da organização têm de ser formuladas de um modo que tenham "um impacto real nas causas estruturais da pobreza e da fome".

Nos 14 meses desde sua eleição, Francisco fez vários fortes ataques ao sistema econômico mundial, chegando a dizer em um discurso em setembro que não poderia mais ser baseado em "um deus chamado dinheiro".

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