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ONU detecta contaminação atômica por teste norte-coreano

Traços de gases radioativos podem confirmar cientificamente que país detonou uma bomba atômica em fevereiro

Soldados do Exército do Povo Coreano em testes com mísseis anti-aéreos no setor leste do front, em área da costa leste (KCNA/Reuters)

Soldados do Exército do Povo Coreano em testes com mísseis anti-aéreos no setor leste do front, em área da costa leste (KCNA/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2013 às 09h00.

Viena - A Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBTO) informou nesta terça-feira em Viena (Áustria) que detectou traços de gases radioativos que podem confirmar cientificamente que a Coreia do Norte detonou uma bomba atômica em 12 de fevereiro.

Por meio de um comunicado, o organismo da ONU indicou que duas estações de medição, uma no Japão e outra na Rússia, detectaram dois isótopos radioativos de gás xenônio, o que "fornece informação confiável sobre a natureza nuclear da fonte" dessa contaminação.

Os traços de gases radioativos podem corresponder com um episódio de fissão nuclear ocorrido 50 dias antes, o que se encaixa com o anúncio feito por parte da Coreia do Norte de que em 12 de fevereiro realizou um teste atômico.

A fissão nuclear pode ocorrer em uma explosão atômica ou durante o processo de produção de energia atômica.

"Estamos avaliandos as possíveis fontes que poderiam explicar as observações de contaminação nuclear)", disse na nota Mika Nikkinen, especialista do CTBTO.

Nikkinen disse que a contaminação poderia proceder também de um reator atômico ou de outras atividades nucleares, embora, por enquanto, o CTBTO não tem informação que tenham ocorrido vazamentos com essa origem.

A agência da ONU foi a primeira a anunciar que "um evento sísmico incomum" tinha ocorrido na Coreia do Norte em 12 de fevereiro próximo ao local onde em 2006 e 2009 foram realizados testes nucleares pelo país.

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