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ONU denuncia aumento de ataques contra hospitais na Síria

"Os protagonistas (do conflito) continuam impedindo a chegada de ajuda humanitária aos mais necessitados", destaca o relatório.


	Homs, na Síria: 526 trabalhadores da saúde foram mortos na Síria em 3 anos de conflito
 (Joseph Eid/AFP)

Homs, na Síria: 526 trabalhadores da saúde foram mortos na Síria em 3 anos de conflito (Joseph Eid/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2014 às 21h56.

Genebra - As Nações Unidas denunciaram nesta quinta-feira em um relatório enviado ao Conselho de Segurança um forte incremento dos ataques das forças do regime sírio contra hospitais nas áreas dominadas por rebeldes.

"As violações dos direitos humanos (na Síria) seguem ocorrendo em grande escala e os ataques contra instalações médicas estão aumentando, em violação flagrante das leis humanitárias internacionais", destaca o texto.

O relatório cita 12 ataques a estabelecimentos médicos no mês de junho, nas cidades de Aleppo (norte), Hama, Homs (centro), Idlib (noroeste) e na periferia rural de Damasco; todos perpetrados pelas forças governamentais.

"Trata-se do número mais elevado em apenas um mês desde dezembro de 2012", assinala a ONU.

Segundo o documento, 19 trabalhadores da saúde morreram em junho passado, sendo 18 vítimas das tropas do regime. Em três anos de conflito, 526 trabalhadores da saúde foram mortos na Síria.

"Os protagonistas (do conflito) continuam impedindo a chegada de ajuda humanitária aos mais necessitados e rejeitando as operações (de socorro) de maneira totalmente arbitrária como tática de guerra", destaca o relatório.

Em particular, o governo sírio "se recusa a autorizar a entrega de medicamentos injetáveis e equipamentos cirúrgicos nas zonas de mais difícil acesso".

Em consequência, cerca de 24 mil pessoas não recebem tratamento para infecções potencialmente fatais há seis meses na região de Madamiyet ElSham, próxima a Damasco.

O relatório, que se refere ao período entre 18 de junho e 21 de julho, estima que 10,8 milhões de sírios necessitam de assistência, incluindo 6,4 milhões de refugiados e 4,7 milhões que estão isolados nas zonas de combate.

O relatório será examinado pelo Conselho de Segurança na próxima quarta-feira.

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