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ONU cria fundo de US$ 40 bi para saúde de mulheres e crianças

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, acredita que o plano deve salvar 16 milhões de vidas até 2015

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon: `mulheres e as crianças são fundamentais para cumprir os Objetivos do Milênio para o Desenvolvimento´ (Spencer Platt/AFP)

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon: `mulheres e as crianças são fundamentais para cumprir os Objetivos do Milênio para o Desenvolvimento´ (Spencer Platt/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2010 às 09h38.

Nova York - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou nesta quarta-feira a criação de um fundo de 40 bilhões de dólares para melhorar a saúde das mulheres e das crianças, o que permitirá salvar milhões de vidas no mundo.

Governos, filantropos e grupos privados se comprometeram a contribuir para o fundo ao fim da reunião de cúpula das Nações Unidas dedicada à luta contra a pobreza.

"Sabemos o que funciona para salvar a vida das mulheres e das crianças e sabemos que as mulheres e as crianças são fundamentais para cumprir os Objetivos do Milênio para o Desenvolvimento (OMD)", destacou Ban Ki-moon em um comunicado divulgado após o a reunião.

O secretário-geral considera ainda que o plano estratégico global para a saúde das mulheres e crianças permitirá salvar 16 milhões de vidas até 2015.

A redução da mortalidade durante a gravidez e o parto, assim como das crianças com menos de cinco anos são as duas metas dos OMD que avançam mais lentamente, segundo a ONU.

A iniciativa da ONU permitirá evitar 33 milhões de gestações não desejadas e impedir que 740.000 mulheres morram em consequência das complicações relacionadas com a gravidez ou o parto.


Além disso, 120 milhões de crianças estarão protegidas contra a pneumonia, ressalta o comunicado de Ban Ki-moon.

As Nações Unidas afirmam ainda que os gastos destinados à saúde das mulheres e das crianças reduzem a pobreza, estimulam o crescimento econômico e cumprem com um direito fundamental.

Entre os países envolvidos na iniciativa estão Afeganistão, Zâmbia, Austrália, Grã-Bretanha, China, França, Alemanha, Índia, Japão, Rússia e Estados Unidos.

As fundações dos homens mais ricos do mundo, o americano Bill Gates e o mexicano Carlos Slim, a ONG humanitária Anistia Internacional e multinacionais como The Body Shop, LG Electronics e Pfizer estão entre os doadores.

"Nunca tantos homens e organizações haviam se reunido para salvar a vida de mulheres e crianças", declarou o primeiro-ministro norueguês Jens Stoltenberg, país que é um dos maiores doadores a programas do tipo.

"O investimento na saúde das mulheres e das crianças merece encabeçar nossa agenda de desenvolvimento", afirmou a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

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