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ONU contradiz Rússia e diz que autorizou Opaq a ir para Duma

ONU afirma que equipe da Opaq estava autorizada a entrar em Duma para investigar o suposto ataque químico na região, contrariando comentário russo

Duma: a ONU afirmou que a Opaq tinha todas as autorizações necessárias para entrar em Duma (Ali Hashisho/Reuters)

Duma: a ONU afirmou que a Opaq tinha todas as autorizações necessárias para entrar em Duma (Ali Hashisho/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de abril de 2018 às 15h40.

Nações Unidas - A ONU contradisse nesta segunda-feira a Rússia e assegurou que deu todas as permissões de segurança necessárias aos especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) para que se desloquem à cidade de Douma, na Síria.

"A ONU deu as autorizações necessárias para que a equipe da Opaq faça seu trabalho em Duma. Nenhum tipo de permissão foi negada", disse o porta-voz da organização, Stéphane Dujarric, durante sua entrevista coletiva diária.

Dujarric fez esse esclarecimento depois que o vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, atribuiu hoje às Nações Unidas o atraso no acesso a Duma dos inspetores que devem investigar o suposto ataque químico de 7 de abril.

Ryabkov disse em Moscou que o departamento de segurança da ONU não deu aos especialistas a autorização para seguirem para Duma.

A própria Opaq, por sua vez, garantiu hoje que a equipe ainda não pôde entrar em Duma por "questões de segurança" alegadas por Rússia e Síria.

"Os funcionários sírios e russos que participaram das reuniões preparatórias em Damasco informaram à equipe de investigadores que ainda estão trabalhando em questões de segurança pendentes, antes que possa ser feita qualquer movimentação", disse hoje o diretor da Opaq, Ahmet Üzümcü.

A equipe de investigadores, que chegou a Damasco no sábado, recebeu uma oferta por parte das autoridades sírias para transferir à capital um total de 22 supostas testemunhas do ocorrido há nove dias em Duma, onde teria ocorrido um ataque químico por parte do regime de Bashar al Assad.

A ONU disse que deseja que os inspetores tenham acesso a todos os lugares que considerarem oportunos a fim de esclarecer os fatos.

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