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ONU compara crimes na Coreia do Norte ao nazismo, apartheid

O presidente de uma comissão de investigação da entidade afirmou que os crimes devem ser interrompidos


	O presidente da comissão de inquérito da ONU para os direitos humanos na Coreia do Norte, Michael Kirby: "agora é nosso dever solene enfrentar o flagelo das violações dos direitos humanos"
 (FABRICE COFFRINI/AFP)

O presidente da comissão de inquérito da ONU para os direitos humanos na Coreia do Norte, Michael Kirby: "agora é nosso dever solene enfrentar o flagelo das violações dos direitos humanos" (FABRICE COFFRINI/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2014 às 07h29.

Genebra - Os crimes cometidos pelo regime comunista norte-coreano são comparáveis aos dos nazistas, ao apartheid sul-africano e ao Khmer Vermelho e devem ser interrompidos, afirmou em Genebra o presidente de uma comissão de investigação da ONU.

"Para lutar contra os flagelos do nazismo, do apartheid, do Khmer Vermelho e de outras afrontas foi necessária a coragem das grandes nações e de seres humanos comuns", declarou Michael Kirby no Conselho dos Direitos Humanos da ONU.

"Agora é nosso dever solene enfrentar o flagelo das violações dos direitos humanos e dos crimes contra a humanidade cometidos na República Popular da Coreia", completou.

"Estamos no século XXI e, no entanto, estamos confrontados por outro flagelo vergonhoso. Não podemos mais ignorar isto", insistiu.

Em um relatório publicado em 17 de fevereiro, um grupo de juristas fez, sob mandato da ONU, um balanço argumentado contra o regime norte-coreano, acusado de cometer crimes contra a humanidade em grande escala.

"A Comissão estabeleceu que República Popular Democrática da Coreia violou e viola de forma sistemática e em grande escala os direitos humanos e, em muitos casos, estas violações constituem crimes contra a humanidade", afirma o relatório.

"Estes crimes obedecem a políticas estabelecidas na cúpula do Estado", afirmou nesta segunda-feira Michael Kirby, que pediu a reação da comunidade internacional e um recurso ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

No dia 17 de fevereiro, o jurista afirmou que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, tem "grande parte de responsabilidade" nos crimes.

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