A Igreja pode estar flexibilizando sua posição em relação ao uso de preservativos (Jay Directo/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de agosto de 2011 às 15h18.
Genebra - O diretor do programa Unaids, criado pela ONU para combater a propagação do vírus da Aids, chamou de "passo significativo e positivo" o fato de o Papa Bento XVI ter admitido o uso da camisinha em certos casos.
"É um passo adiante significativo e positivo do Vaticano", afirma em um comunicado o diretor executivo do UNAIDS, Michel Sidibé.
"Este avanço reconhece que um comportamento sexual responsável e o uso do preservativo têm um papel importante na prevenção do HIV-Aids", completa a nota.
Pela primeira vez, um Papa, Bento XVI, admite o uso do preservativo "em certos casos", "para reduzir os riscos de contaminação" do vírus HIV, em um livro de entrevistas que chegará às livrarias na terça-feira.
Sidibé disse ainda que em 2009 teve conversas de longo alcance com representantes do Vaticano sobre a prevenção da Aids.
"Juntos podemos construir um mundo sem novas infecções por Aids, sem discriminação e sem mortes como consequência da doença", destacou.
Em um livro que será lançado na Alemanha, o Papa Bento XVI considera que o uso do preservativo é aceitável em "certos casos" como forma de proteção, em particular para reduzir o risco de infecção, o que aparenta uma flexibilização da postura severa da Igreja a respeito do tema.