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ONU aprova sanções contra jihadistas do Estado Islâmico

Conselho acrescentou à sua lista de sancionados seis novos nomes acusados de ser parte ou de financiar estas milícias islamitas que operam na Síria e no Iraque


	EI: resolução é resposta do conselho ao rápido avanço das milícias jihadistas no Iraque
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EI: resolução é resposta do conselho ao rápido avanço das milícias jihadistas no Iraque (AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2014 às 18h13.

Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU impôs nesta sexta-feira novas sanções contra pessoas supostamente vinculadas com os jihadistas do Estado Islâmico (EI) e da Frente al Nusra e ameaçou tomar medidas contra qualquer indivíduo ou organização que apoie esses grupos.

Em uma resolução aprovada por unanimidade, o Conselho acrescentou à sua lista de sancionados seis novos nomes acusados de ser parte ou de financiar estas milícias islamitas que operam na Síria e no Iraque, que entre outras coisas verão seus ativos financeiros congelados e não poderão viajar para o exterior.

Ao mesmo tempo, o principal órgão de decisão das Nações Unidas advertiu que está disposto a impor mais sanções aos que recrutam novos membros para estas organizações, sobretudo através da internet, e àqueles que financiam suas operações ou facilitam armamento.

Nesse sentido, a resolução ordena que analistas das Nações Unidas elaborem em um prazo de 90 dias um relatório sobre a ameaça que do EI e suas fontes de financiamento e de armas, junto a recomendações sobre como conter seu avanço para tomar novas medidas.

O Conselho de Segurança condena no texto o recrutamento de combatentes estrangeiros e avisa aos que o facilitam que também podem ser sancionados.

Ao mesmo tempo, o Conselho expressa sua preocupação pelos possíveis ingressos que os jihadistas podem obter da exploração de jazidas petroleiras sob seu controle e lembra que comercializar com os terroristas pode ser considerado apoio e, portanto, desencadear sanções.

Os indivíduos sancionados hoje -Abdel-Rahman Mouhamad Zafir al Dabidi al Jahani, Hajjaj Bin Fahd Al-Ajmi, Abou Mohammed al Adnani, Said Arif, Abdul Mohsen Abdallah Ibrahim al Charekh e Hamid Hamad Hamid al-Ali- são de várias nacionalidades e todos acusados de financiar, planejar ou cometer ataques da Frente al Nusra ou do Estado Islâmico.

Os grupos terroristas, como tal, já estão na "lista negra" da ONU como organizações vinculadas à Al Qaeda.

A resolução de hoje, preparada pelo Reino Unido, é a resposta do Conselho de Segurança ao rápido avanço das milícias jihadistas no Iraque.

Nela, a ONU deplora "nos termos mais enérgicos os atos terroristas" do EI -ao qual se refere utilizando sua anterior denominação de Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL)-, assim como sua "ideologia extremista violenta".

O Conselho também condena, entre outros atos, o massacre indiscriminado de civis e os ataques deliberados contra eles, as execuções em massa e a perseguição de pessoas e comunidades inteiras por motivos religiosos.

O Conselho reivindica ao EI, à Frente al Nusra e a outras milícias vinculadas com a Al Qaeda que "ponham fim a todos os atos de violência e terrorismo, e deponham as armas e se dissolvam imediatamente".

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