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ONU alerta que há 200 mil palestinos deslocados em Gaza

Praticamente todos os moradores de Gaza, cerca de 1,8 milhão de pessoas, foram afetados de alguma forma pela ofensiva militar


	Trabalhadores palestinos em Gaza: 3.333 casas foram total ou parcialmente destruídas na Faixa
 (Mohammed Salem/Reuters)

Trabalhadores palestinos em Gaza: 3.333 casas foram total ou parcialmente destruídas na Faixa (Mohammed Salem/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2014 às 12h43.

Ramala - A ONU alertou neste domingo sobre a crescente situação de emergência humanitária vivida pela população de Gaza, onde cerca de 200 mil pessoas se transformaram em deslocados internos desde o início da ofensiva militar de Israel, ocorrido há 20 dias.

Em comunicado divulgado hoje, a agência da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês), informou que 3.333 casas foram total ou parcialmente destruídas na Faixa, 'produzindo centenas de mortes de civis e deslocando os sobreviventes'.

A população deslocada é hospedada em casas de parentes ou escolas da ONU que estão lotadas. Essas escolas-albergue, segundo as previsões iniciais, tinham capacidade para abrigar 50 mil pessoas, número que já foi duplicado nos últimos dias e obrigou a Ocha a estabelecer dentro de suas prioridades humanitárias a ampliação da resposta para este grupo.

Segundo o comunicado, praticamente todos os moradores de Gaza, cerca de 1,8 milhão de pessoas, foram afetados de alguma forma pela ofensiva militar que causou a morte de 1.053 palestinos, 73% deles civis, e deixou 6.000 feridos, sendo metade de mulheres e crianças.

A já deteriorada situação vivida pelos palestinos na Faixa após oito anos de bloqueio israelense se agravou nos últimos 20 dias desde o começo da operação Limite Protetor, dirigida a minar a capacidade ofensiva do Hamas.

A agência da ONU alertou que atualmente há 1,2 milhão de pessoas que carecem ou têm um acesso limitado a água potável e a saneamento básico. Além disso, 8% dos habitantes só dispõe de quatro horas de eletricidade por dia devido a problemas que afetam o fornecimento e à escassez do combustível que alimenta a única usina elétrica de Gaza, também atacada na semana passada.

Segundo a Ocha, também sofreram danos 18 centros de atendimento médico e 120 escolas.

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