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Na ONU, Ahmadinejad vincula governo dos EUA aos ataques de 11/9

"A maioria do povo norte-americano, bem como a maior parte das nações e políticos do mundo todo concordam com essa posição," afirmou Ahmadinejad

Ahmadinejad propôs que a ONU crie um "grupo independente de apuração" a respeito dos atentados (.)

Ahmadinejad propôs que a ONU crie um "grupo independente de apuração" a respeito dos atentados (.)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2010 às 23h42.

Nações Unidas - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse na quinta-feira à Assembleia Geral da ONU que a maioria das pessoas acredita que o governo norte-americano provocou os atentados de 11 de setembro de 2001, o que levou a delegação dos Estados Unidos a abandonar o plenário em protesto.

A teoria, segundo ele, é a "de que alguns segmentos dentro do governo dos EUA orquestraram o ataque para reverter o declínio da economia norte-americana e do seu controle sobre o Oriente Médio, a fim de salvar o regime sionista (Israel)".

"A maioria do povo norte-americano, bem como a maior parte das nações e políticos do mundo todo concordam com essa posição," afirmou Ahmadinejad aos 192 países da Assembleia Geral.

Ele propôs que a ONU crie um "grupo independente de apuração" a respeito dos atentados com aviões sequestrados em Nova York e Washington, que mataram cerca de 3.000 pessoas. O governo norte-americano sempre atribuiu os atentados ao grupo islâmico Al Qaeda.

Mark Kornblau, porta-voz da missão dos EUA na ONU, reagiu antes mesmo de Ahmadinejad encerrar seu pronunciamento.

"Em vez de representar as aspirações e boa vontade do povo iraniano, o sr. Ahmadinejad novamente escolheu recitar teorias conspiratórias vis e calúnias antissemitas que são tão abomináveis e delirantes quanto previsíveis," afirmou.

Ahmadinejad citou ainda a hipótese de que o ataque "foi realizado por um grupo terrorista, mas que o governo apoiou e tirou proveito da situação." "Aparentemente esse ponto de vista tem menos defensores," afirmou.

A exemplo do que fez em anos anteriores, Ahmadinejad usou a tribuna da Assembleia Geral para atacar seu arqui-inimigo Israel, e para defender o direito do seu país a ter um programa nuclear, apesar de potências ocidentais desconfiarem das alegações de Teerã sobre seu caráter pacífico.

Falando sobre Israel, ele disse que "este regime, que desfruta de apoio absoluto de alguns países ocidentais, ameaça regularmente os países na região e continua a cometer assassinatos publicamente anunciados de figuras palestinas e de outros, enquanto os defensores dos palestinos... são rotulados como terroristas e antissemitas."

"Todos os valores, até mesmo a liberdade de expressão, estão sendo sacrificados na Europa e nos Estados Unidos no altar do sionismo," afirmou Ahmadinejad.

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