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ONU adverte sobre fragilidade da situação no Iêmen

Organismo internacional pediu para que a comunidade internacional colabore com o processo de transição e alertou sobre os avanços da rede terrorista Al Qaeda

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2011 às 20h06.

Nações Unidas - O enviado especial da ONU para o Iêmen, Jamal Benomar, lembrou nesta quarta-feira que a situação no país árabe permanece 'muito frágil', pediu à comunidade internacional que colabore com o processo de transição e alertou sobre os avanços da rede terrorista Al Qaeda.

'A situação no Iêmen permanece altamente frágil e será impossível aplicar o acordo político sem o contínuo compromisso político e a cooperação dos líderes políticos de todo o país', indicou o enviado à imprensa, após informar ao Conselho de Segurança da ONU sobre sua visita ao país árabe.

Benomar afirmou que, apesar dos progressos conseguidos nas últimas semanas, a situação é ainda 'muito precária'. Por isso, ele expressou preocupação quanto ao êxito do processo de transição que terá seu ponto álgido nas eleições presidenciais de 21 de fevereiro.

De qualquer maneira, o enviado da ONU se mostrou preocupado com o impacto do vazio de poder no país, onde há anos o governo central perdeu o controle de cinco ou seis províncias, que passaram ao domínio de insurgentes.

'Apesar de todos os esforços, a Al Qaeda controla até mesmo cidades', disse o enviado especial, que reconheceu os 'impressionantes avanços' da rede terrorista nos últimos meses. 'Pela primeira vez na história do Iêmen, (a rede) controla um território estratégico não muito longe da capital do sul do país'.

Por outro lado, Benomar anunciou progressos no processo político que vive o país após o início do plano do Conselho de Cooperação do Golfo para sair da crise, assinada pelo ainda presidente Ali Abdullah Saleh no dia 23 de novembro.

O Iêmen passa por uma fase de transição política motivada pelos protestos populares contra o presidente Saleh, que estouraram no dia 27 de janeiro e provocaram uma grave crise política e uma espiral de violência no país, o mais pobre da Península Arábica.

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