Nova York - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, acusou nesta terça-feira o exército e os opositores rebeldes no Sudão do Sul de roubar alimentos e suprimentos humanitários, num momento em que o conflito interno se intensifica.

Ban mostrou sua preocupação pelo crescente número de mortos pelo confronto entre o presidente Salva Kiir e o ex-vice-presidente Riek Machar e insistiu que os capacetes azuis da ONU não ajudarão ninguém dos dois grupos.

O secretário-geral "condenou firmemente as requisições dos veículos humanitários e o roubo de alimentos e de outros suprimentos humanitários por parte tanto das forças do governo quanto da oposição", indicou seu porta-voz, Martin Nesirky.

A declaração é feita horas após a missão da ONU reportar que uma dezena de pessoas que se refugiaram em uma base das Nações Unidas foram feridas em confrontos entre as forças de Kiir e de Machar.

Ban "está alarmado pelo número crescente de fatalidades pela luta contínua no Sudão do Sul", disse Nesirky.

"Também está profundamente preocupado pelo número de deslocados no país, que já ultrapassou os 400.000 nesta semana, e pelos desafios que os corpos humanitários enfrentam", acrescentou.

Ban voltou a pedir um cessar-fogo para permitir que as negociações de paz avancem.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, mostrou sua preocupação pelo crescente número de mortos pelo confronto no Sudão do Sul e insistiu que os capacetes azuis da ONU não ajudarão ninguém dos dois grupos.