Destruição: acordo marca uma vitória para o governo do presidente Bashar al-Assad (Bassam Khabieh/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de dezembro de 2015 às 14h15.
Beirute - Dois mil combatentes islâmicos sírios devem ser retirados em breve de áreas rebeldes cercadas no sul de Damasco, num acordo mediado pelas Nações Unidas, afirmou nesta sexta-feira uma emissora de TV do Hezbollah.
O acordo marca uma vitória para o governo do presidente Bashar al-Assad, aumentando suas chances de retomar o controle da área estratégica de cerca de 4 km ao sul do centro da capital.
Também mostra os crescentes esforços da ONU e de governos estrangeiros de firmar acordos de cessar-fogo locais como passos rumo ao objetivo maior de encerrar a guerra civil na Síria, na qual mais de 250 mil pessoas foram mortas em quase cinco anos de combates.
O grupo retirado inclui militantes do Estado Islâmico e da Frente Nusra, um braço da Al-Qaeda na Síria. A TV Manar afirmou que 18 ônibus haviam chegado para começar a levar os combatentes e 1.500 familiares para áreas sob controle do Estado Islâmico e de outro grupos rebeldes. Não estava claro se os ônibus eram fornecidos pelas Nações Unidas ou pelo Exército sírio. A TV Manar afirmou que os militantes também entregariam suas armas pesadas aos militares sírios, no que foi chamado de um acordo entre várias partes mediado pelas Nações Unidas.
A capitulação dos rebeldes foi forçada por um cerco do governo de vários dias que dificultou o fluxo de comida e ajuda humanitária. As autoridades sírias concordaram com a retirada na esperança de retomar o controle da área estratégica.
Esse é o mais recente de vários acordos locais de cessar-fogo e retirada, no momento em que as Nações Unidas, os vizinhos da Síria e potências mundiais intensificam os esforços para pôr fim à guerra.