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ONGs ajudam o governo Trump a encontrar imigrantes deportados sem filhos

e acordo com o governo americano, 1,9 mil crianças já foram reunidas às suas famílias, mas cerca de 400 pais que já saíram o país sem seus filhos

A entidade afirmaram que o governo parece não ter os endereços de cerca de 120 pais deportados para seus países de origem (Loren Elliott/Reuters)

A entidade afirmaram que o governo parece não ter os endereços de cerca de 120 pais deportados para seus países de origem (Loren Elliott/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de agosto de 2018 às 11h16.

Última atualização em 3 de agosto de 2018 às 11h19.

O governo dos Estados Unidos disse a um juiz federal na quinta-feira que voluntários e organizações sem fins lucrativos, e não autoridades governamentais, deveriam tomar a dianteira para localizar mais de 400 imigrantes que foram separados dos filhos na fronteira do país com o México e deportados do território norte-americano.

A proposta surgiu em uma ação civil que corre no Tribunal Federal de San Diego e que questiona as separações de cerca de 2.500 famílias iniciadas pela gestão do presidente Donald Trump como parte de sua política de "tolerância zero" para conter a imigração ilegal.

No caso, apresentado pela União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), o juiz Dana Sabraw ordenou que o governo reunificasse as famílias até 26 de julho, mas esse prazo não foi totalmente cumprido.

Embora mais de 1.900 crianças tenham sido reunidas às suas famílias, quando seus casos não foram resolvidos de outras maneiras, centenas continuam separadas, inclusive filhos de mais de 400 pais que já saíram dos EUA, de acordo com os documentos legais mais recentes apresentados pelo governo.

Em seu plano para reunificar estas famílias, apresentado à corte na quinta-feira, advogados do Departamento de Justiça disseram que o governo fornecerá as informações que tiver sobre os pais deportados aos advogados dos queixosos.

A esta altura, disseram os autos, "os representantes dos queixosos deveriam usar seus recursos consideráveis e sua rede de escritórios de advocacia, ONGs, voluntários e outros" para estabelecer contato com os pais deportados e determinar seus desejos.

A ACLU vem repetindo que auxiliará os esforços para encontrar os pais deportados, mas deixou claro ao apresentar documentos legais na quinta-feira que espera que o governo dos EUA assuma a responsabilidade por localizá-los.

A maioria destes pais foram enviados para seus países de origem - Guatemala, Honduras e El Salvador.

"Não somente foi a prática inconstitucional de separações do governo que levou a esta crise, mas o governo dos Estados Unidos tem muito mais recursos do que qualquer grupo de ONGs", argumentou a ACLU nos autos.

A entidade observou que o governo parece não ter os endereços de cerca de 120 pais deportados. Advogados do governo disseram que precisarão de um prazo até 10 de agosto para analisar os arquivos dos filhos destes pais para encontrar informações que possam ajudar com a busca.

O juiz Sabraw realizará uma audiência nesta sexta-feira para debater os esforços de reunificação em curso. Ele também deve decidir em breve quando anulará uma suspensão que proíbe a deportação rápida de famílias reunificadas.

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