Ataque na Síria: os feridos apresentavam sintomas de asfixia, vômitos e espasmos e alguns espumavam pela boca, denunciaram essas fontes (Ammar Abdullah/Reuters)
EFE
Publicado em 5 de abril de 2017 às 17h22.
Última atualização em 5 de abril de 2017 às 18h22.
Cairo - O número de mortos pelo suposto bombardeio químico ocorrido ontem na cidade de Khan Sheikhoun, no norte da Síria, subiu para 86, entre eles 30 menores, afirmou nesta quarta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
A Defesa Civil da Síria, que trabalha nos serviços de resgate em áreas fora do controle das forças governamentais, informou 50 mortos e 300 feridos no ataque.
Segundo o Observatório, aviões de guerra não identificados lançaram projéteis que continham gases contra diferentes zonas de Khan Sheikhoun, localizada no sul da província setentrional de Idlib.
Os feridos apresentavam sintomas de asfixia, vômitos e espasmos e alguns espumavam pela boca, denunciaram essas fontes.
Tanto o governo de Damasco como a oposição se acusaram mutuamente do bombardeio.
A província de Idlib é controlada quase totalmente por facções rebeldes e islâmicas, entre as quais está o Organismo de Libertação do Levante, a aliança da ex-filial da Al Qaeda.
Nesta quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião de urgência para analisar este suposto bombardeio químico, mas por enquanto não lançou nenhum texto condenando o ataque em Khan Sheikhoun.
De acordo com dados da ONU, pelo menos 70 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas no incidente.
Organizações como Médicos Sem Fronteiras (MSF) afirmaram que as vítimas apresentavam sintomas similares aos originados por um agente neurotóxico como o gás sarin.