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ONG pede renúncia de Blatter e suspensão de eleições na Fifa

Segundo a ONG, os escândalos de corrupção ocorreram sob o comando de Blatter e a consequência disso deve ser sua renúncia


	Joseph Blatter, presidente da Fifa: a Procuradoria Geral da Suíça investiga, a pedido da própria Fifa, gestão desleal e lavagem de dinheiro em relação com a escolha das sedes das Copas do Mundo
 (Graham Barclay/Bloomberg News)

Joseph Blatter, presidente da Fifa: a Procuradoria Geral da Suíça investiga, a pedido da própria Fifa, gestão desleal e lavagem de dinheiro em relação com a escolha das sedes das Copas do Mundo (Graham Barclay/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2015 às 14h19.

Berlim - A ONG anticorrupção Transparência Internacional (TI) pediu nesta quarta-feira para que o suíço Joseph Blatter renuncie ao cargo de presidente da Fifa e suspenda as eleições presidenciais da entidade, previstas para sexta-feira.

"Os sinais de alerta sobre a Fifa vêm de longe. A Fifa negou até agora a adoção de medidas básicas de bom governo para reduzir o risco de corrupção", informou a ONG, em comunicado emitido após as prisões de dirigentes em Zurique.

Segundo a ONG, os escândalos de corrupção ocorreram sob o comando de Blatter e a consequência disso deve ser sua renúncia como presidente, cargo que exerce desde 1998.

Diante dessa situação, a TI considera que não deveriam ser realizadas as eleições presidenciais previstas para sexta-feira, às quais Blatter é candidato à reeleição.

A mesma ONG publicou ontem uma pesquisa, realizada com 35 mil torcedores de futebol de 30 países, segundo a qual quatro a cada cinco participantes acha que Blatter não deveria presidir a Fifa.

A justiça dos Estados Unidos acusa 14 pessoas de corrupção, entre elas nove funcionários da Fifa. Hoje, duas ações judiciais foram deflagradas por conta da realização do Congresso da Fifa, que começaria hoje e acontecerá até a próxima sexta-feira.

O primeiro procedimento se encontra em mãos da Procuradoria Geral da Suíça, que foi iniciado em novembro, a pedido da própria Fifa, por suspeitas de gestão desleal e lavagem de dinheiro em relação com a escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 na Rússia e 2022 no Catar.

A segunda investigação foi iniciada pela promotoria de Nova York, por suposto pagamento de subornos - de até US$ 100 milhões - a dirigentes da Fifa, em troca de que certas empresas recebessem os direitos de transmissão, publicidade e marketing de torneios nas Américas do Sul, Central e do Norte. 

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