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ONG pede a militares egípcios medidas contra tortura de detidos

Anistia Internacional recebeu informações de que presos sofreram abusos

Exército do Egito: Anistia Internacional acredita que é missão dos militares impedir torturas

Exército do Egito: Anistia Internacional acredita que é missão dos militares impedir torturas

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2011 às 10h46.

Londres - A organização humanitária Anistia Internacional (AI) pediu nesta quinta-feira aos militares egípcios que tomem medidas para impedir a tortura e os maus tratos dos detidos no país.

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, a AI assinala que ex-detidos relataram que foram torturados, inclusive com descargas elétricas, após terem sido detidos por militares nos últimos dias antes da renúncia do presidente egípcio Hosni Mubarak.

"As autoridades militares egípcias se comprometeram publicamente a criar um clima de liberdade e democracia após tantos anos de repressão. Agora têm que fazer coincidir suas palavras com ações diretas e imediatas", disse Malcolm Smart, diretor da AI para o Oriente Médio e Norte da África .

"As autoridades militares devem intervir para acabar com a tortura e outros abusos aos detidos, que agora sabemos que ocorreram em custódia militar", acrescentou.

As pessoas que foram liberadas recentemente afirmaram à AI que as Forças Armadas recorreram às agressões físicas e outras formas de maus tratos para intimidar os manifestantes e obter informação sobre seus planos de protesto, acrescenta a nota.

"As autoridades devem dar instruções claras em forma imediata a todas as Forças de segurança e a membros do Exército que a tortura e os maus tratos de detidos não serão tolerados, e que os responsáveis destes abusos deverão prestar contas", especificou Smart.

AI cita o caso de um jovem decorador de 29 anos que esteve detido e que disse à organização que foi torturado por soldados no dia 3 de fevereiro em uma dependência do Museu de Antiguidades do Egito.

Após ser interrogado por um homem, um soldado o atingiu na cabeça com uma cadeira, afirma a ONG.

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