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ONG denuncia uso exagerado da força pelo exército egípcio

Anistia Internacional criticou ação "desproporcional" do exército do Egito durante manifestação que causou mais de 50 mortes

Egípcio ferido é levado para hospital após confrontos: "apesar de alguns manifestantes terem atuado com violência, a resposta (do exército) foi desproporcional", afirmou entidade em comunicado (Mahmoud Khaled/AFP)

Egípcio ferido é levado para hospital após confrontos: "apesar de alguns manifestantes terem atuado com violência, a resposta (do exército) foi desproporcional", afirmou entidade em comunicado (Mahmoud Khaled/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2013 às 10h53.

Cairo - A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional (AI) denunciou nesta quarta-feira a morte de mais de 50 pessoas durante a manifestação de simpatizantes do presidente destituído Mohamed Mursi na segunda-feira no Cairo e criticou a ação "desproporcional" do exército.

"Apesar de alguns manifestantes terem atuado com violência, a resposta (do exército) foi desproporcional e provocou as mortes e os feridos", afirma a AI em um comunicado.

Na segunda-feira, pelo menos 51 pessoas morreram em condições não explicadas durante distúrbios diante da sede da Guarda Republicana, no Cairo.

Segundo a Irmandade Muçulmana, movimento do islamita Mursi, soldados e policiais atiraram sem motivo contra os manifestantes e provocaram um "massacre", enquanto o exército alegou ter atuado após um ataque de "terroristas armados".

"Temos todos os ingredientes para provocar um desastre se o exército não divulgar ordens estritas sobre o uso da força", destaca a AI, que destacou que "muitas vítimas foram atingidas na cabeça e na parte superior do corpo".

Segundo a ONG, os episódios de violência, que explodiram depois da destituição de Mursi pelo exército, em 3 de julho, provocaram pelo menos 88 mortes e deixaram 1.500 feridos.

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