Mundo

ONG denuncia mais de 3 mil detenções arbitrárias em Cuba em 2017

O OCDH considera que é uma tentativa do governo para "controlar" as atividades que poderiam ser constituídas como a concorrência para a indústria

Cuba: só em julho foram 559 prisões: 374 de mulheres e 185 de homens (Shannon Stapleton/Reuters)

Cuba: só em julho foram 559 prisões: 374 de mulheres e 185 de homens (Shannon Stapleton/Reuters)

E

EFE

Publicado em 4 de agosto de 2017 às 11h41.

Madri - O Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH) denunciou nesta sexta-feira 3.118 "detenções arbitrárias" em Cuba durante os sete primeiros meses de 2017, das quais 559 ocorreram em julho: 374 de mulheres e 185 de homens.

Em um comunicado divulgado em Madri, esta entidade também reprovou o "significativo ataque ao setor privado" por parte das autoridades cubanas, pois o maior interesse do Governo segue sendo "conservar o seu poder sem permitir liberdades".

Neste sentido, mencionou as "restrições legais e a escassa burocracia" do Executivo cubano.

O OCDH criticou a resolução do Ministério de Trabalho e Previdência Social que permite "não outorgar licenças" para o exercício de negócios como o arrendamento de moradia; para elaboração e venda de alimentos em restaurantes e cafeterias, para instrutores esportivos, para fabricantes e vendedores de calçado e e para professores de idiomas.

Essa norma ou "lei carangueijo", segundo a nota, constitui "um retrocesso na escassa reanimação do mercado interno e trabalhista".

O OCDH considera que é uma tentativa do governo cubano para "controlar" as atividades que poderiam ser constituídas como a concorrência para a indústria de serviço de estado "ineficiente".

Segundo o comunicado, isto supõe uma "batida da porta ao presente e futuro de milhares de cubanos" que apostaram por um projeto empreendedor.

Além do constante pedido de liberdades democráticas e respeito dos direitos humanos, segundo o OCDH, agora há ainda "amputação de direitos econômicos".

Acompanhe tudo sobre:CubaONGsPrisões

Mais de Mundo

Zelensky critica tentativas de China e Brasil de impor novo plano de paz

Consumidores dos EUA começam a procurar porções menores nos restaurantes, diz relatório do setor

Exército de Israel diz que tropas devem ficar prontas para uma possível entrada no Líbano

"Aumento do nível do mar modificará economia, política e segurança", alerta chefe da ONU