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ONG afirma que Capriles recebeu US$ 3 milhões da Odebrecht

O presidente da ONG consignou perante o Ministério Público um relatório no qual dá conta dos supostos subornos recebidos pelo governador

Capriles: "Estamos pedindo que a procuradoria ordene uma medida cautelar para alienar e taxar bens de propriedade do senhor Capriles" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Capriles: "Estamos pedindo que a procuradoria ordene uma medida cautelar para alienar e taxar bens de propriedade do senhor Capriles" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 21h39.

Caracas - A ONG Frente Anticorrupção Venezuela denunciou nesta sexta-feira perante o Ministério Público o ex-candidato à presidência da Venezuela e governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, por supostamente ter recebido US$ 3 milhões da Odebrecht.

"Estamos pedindo que a procuradoria ordene uma medida cautelar para alienar e taxar bens de propriedade do senhor Capriles, provenientes do crime, e que se declare uma medida privativa de liberdade, porque já é investigado Brasil", disse o presidente da organização, Luis Tellerías, em comunicado.

De acordo com a nota, Tellerías consignou perante o Ministério Público um relatório no qual dá conta dos supostos subornos recebidos pelo governador.

Além disso, a denúncia apresentada por Tellerías acrescenta "novos elementos" ao que foi publicado no jornal americano "The Wall Street Journal" em janeiro, onde se afirma que a Odebrecht adquiriu contratações com o governo de Miranda.

Tellerías disse à Agência Efe que sua organização estima que o dirigente opositor recebeu dinheiro da Odebrecht para sua campanha presidencial em 2013 e para o partido no qual milita, Primeiro Justiça (PJ).

Capriles se defendeu em várias ocasiões de acusações deste tipo e, no último dia 15 de fevereiro, afirmou que nunca, como funcionário público, assinou contratos com a construtora brasileira depois que um dia antes o presidente Nicolás Maduro assinalou que "um governador recebeu dinheiro da Odebrecht" e que, por isso, seria preso.

Capriles também disse que põe "à disposição da procuradoria, da Assembleia Nacional, todos os arquivos" que têm a ver com sua gestão como funcionário e acrescentou que o governo de Miranda teve relação com a Odebrecht "enquanto Diosdado Cabello era o governador do estado" (2004-2008).

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