Supermercado saqueado em Córdoba, na Argentina: subúrbios da capital provincial de Chaco, de resistência, foram palco na noite de ontem dos maiores confrontos (Irma Montiel/AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 13h06.
Buenos Aires - Quatro pessoas morreram nas últimas horas em diferentes pontos da Argentina em uma nova onda de saques durante protestos de policiais por reivindicações salariais, o que eleva para pelo menos sete o número de vítimas mortas em várias províncias, informaram nesta terça-feira diversas fontes.
Os subúrbios da capital provincial de Chaco, de resistência, foram palco na noite de ontem dos maiores confrontos, nos quais podem ter morrido de duas a quatro pessoas, segundo fontes locais, entre elas um policial.
Um jovem morreu em Jujuy (noroeste) durante o roubo a uma loja de roupas esportivas e outra pessoa perdeu a vida em Tucumán (norte) em circunstâncias ainda não esclarecidas.
As vítimas se somam a outras três registradas nas províncias de Entre Ríos, Buenos Aires e Córdoba na última semana.
Os incidentes começaram na semana passada em Córdoba, uns 700 quilômetros ao oeste de Buenos Aires, quando dezenas de pessoas se lançaram a saquear comércios aproveitando a ausência de policiais nas ruas, que se declararam em greve para exigir uma melhora de seus salários básicos.
Pelo menos uma pessoa morreu, cerca de 200 ficaram feridas, aproximadamente de 100 foram detidas e mais de mil lojas sofreram graves prejuízos antes que os guardas de Córdoba voltassem às ruas após terem feito um acordo com as autoridades provinciais incluindo aumento salarial.
Os protestos se estenderam desde então para outras dez províncias da Argentina, apesar das chamadas do governo nacional e dos governos provinciais aos policiais para que cessem 'a extorsão' e efetuem suas reivindicações através do diálogo.
Ao lado das regiões citadas, também se aquartelaram as forças em Catamarca, Corrientes, Mendoza, Santa Fé, Río Negro (província), Neuquén e Chubut.
Os aumentos salariais conquistados pelos policiais em várias províncias para retornar suas funções contemplam salários básicos de cerca de 8.500 pesos (R$ 3.140), que em alguns casos representam um aumento de até 50%.