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Onda de calor "Lúcifer" ultrapassa 40ºC na Europa

Nomeada de "Lúcifer", as altas temperaturas provocaram incêndios florestais, desencadearam alertas climáticos e prejudicaram plantações

Calor: a Itália e os Bálcãs foram os mais afetados (Stevo Vasiljevic/Reuters)

Calor: a Itália e os Bálcãs foram os mais afetados (Stevo Vasiljevic/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de agosto de 2017 às 13h23.

Saravejo - Partes do sul e do leste da Europa foram assoladas por temperaturas acima de 40º Celsius nesta sexta-feira devido a uma onda de calor chamada de "Lúcifer" que provocou incêndios florestais, desencadeou alertas climáticos e prejudicou plantações.

A Itália e os Bálcãs foram os mais afetados, mas áreas mais ao norte, como o sul da Polônia, também sofreram com temperaturas anormalmente altas, e o serviço meteorológico europeu Meteoalarm emitiu alertas "vermelhos", seus mais altos, para 10 países.

Ao menos duas pessoas morreram devido ao calor -uma na Romênia e uma na Polônia- e muitas mais foram hospitalizadas com insolação e outros males relacionados ao calor.

Na Albânia, 300 bombeiros e soldados lutavam para conter até 75 incêndios florestais, e a nação pediu uma ajuda emergencial à União Europeia.

Os bombeiros também estão ocupados na Sérvia, Bósnia, Macedônia e Croácia, e as autoridades aconselharam as pessoas a permanecerem em casa e consumirem mais água.

A expectativa é que as temperaturas continuem em torno de 40º C até a próxima semana. Vinicultores italianos começaram a colheita semanas antes do que o costumeiro devido ao calor extremo.

Carlo Petrini, fundador do movimento Slow Food, escreveu no jornal La Stampa que não há registro de a safra de vinho ter tido início antes de 15 de agosto.

"A saúde das uvas é severamente testada por este clima", escreveu Petrini, acrescentando que os vinicultores correm o risco de encontrar a fruta "cozida pelo sol e pelo calor escaldante".

As autoridades italianas emitiram alertas de risco climático para 26 cidades, incluindo os polos turísticos Veneza e Roma, onde muitas das fontes foram desligadas devido a uma seca persistente.

As galerias de arte Uffizi de Florença, mundialmente famosas, tiveram que fechar temporariamente nesta sexta-feira quando o sistema de ar-condicionado quebrou, disse seu diretor à agência de notícias Ansa.

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