Onda de calor intenso matou ao menos 14 pessoas durante um fim de semana prolongado de três dias no Japão (Issei Kato/Reuters)
Reuters
Publicado em 17 de julho de 2018 às 09h06.
Última atualização em 17 de julho de 2018 às 09h11.
Tóquio - Uma onda de calor intenso matou ao menos 14 pessoas durante um fim de semana prolongado de três dias no Japão, noticiou a mídia local nesta terça-feira, e as temperaturas altas atrapalharam os trabalhos de recuperação em áreas atingidas por enchentes que mataram mais de 200 pessoas na semana passada.
Na segunda-feira, um feriado nacional, as temperaturas passaram dos 39 graus Celsius em algumas áreas continentais do Japão, e, somadas à alta umidade, criaram condições de risco, disse a Agência Meteorológica do Japão (JMA).
Ao menos 14 pessoas morreram devido à onda de calor durante o fim de semana prolongado, disseram reportagens, entre elas uma mulher de cerca de 90 anos que foi encontrada inconsciente em um campo.
Milhares de pessoas foram tratadas em hospitais devido a problemas relacionados ao calor.
O calor foi mais intenso em áreas sem saída para o mar, como a região administrativa de Gifu, onde chegou a 39,3o na cidade de Ibigawa na segunda-feira -- a temperatura mais alta de toda a nação. No mesmo dia a capital Tóquio registrou a marca recorde de 34 graus.
As temperaturas em partes do oeste japonês assolado por enchentes fatais atingiram os 34,3 graus ao meio-dia desta terça-feira, criando condições de risco para os militares e voluntários que estão limpando a lama e os destroços.
"Está muito quente. Tudo que podemos fazer é ficar bebendo água", disse um homem de Okayama à emissora de televisão NHK.
Temperaturas de 35 graus ou mais - conhecidas em japonês como "dias intensamente quentes" - foram registradas em 200 localidades do país no domingo, disse a JMA, o que é anormal para julho, mas não inédito: um calor semelhante foi relatado em 213 localidades em um dia de julho de 2014.
No ano passado, 48 pessoas morreram devido ao calor entre maio e setembro, e 31 das mortes ocorreram em julho, de acordo com a Agência de Gerenciamento de Incêndios e Desastres.